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ARTE

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

GIORDANO BRUNO





Bruno, naturalista – como veremos, o seu naturalismo assemelha-se a uma religião dionisíaca do infinito –, nasceu no ano de 1548. Com apenas 15 anos entrou em Nápoles para o convento dominicano onde foi considerado um prodígio intelectual. A partir dos 18 anos, começou a pôr em dúvida a tradição eclesiástica. No ano de 1592 foi preso pela Inquisição, e convidado repetidamente para se retractar – defendia que a religião apenas era ou poderia ser guia útil para os que estavam incapacitados de se dedicarem à filosofia –, nunca o fez. Em 1593 foi condenado à morte, tendo sido queimado vivo. Nos derradeiros momentos, conta-se que desviou o seu olhar do crucifixo, quando este lhe foi exibido para eventual reconciliação.

Obras:
O Banquete das Cinzas – Influenciado por Nicolau Copérnico, Bruno insurge-se contra as teses aristotélicas e ptolomaicas. Defende a existência de um universo infinito e esférico, com o seu centro em toda a parte e a sua circunferência em parte alguma. Sendo infinito, admite a existência de inumeráveis mundos.
Da Causa, do Princípio e da Unidade – Esta obra foi escrita na sequência da supramencionada, para afirmar que não tinha a intenção de pôr em causa a natureza divina, já que se o Universo é múltiplo, Deus é Uno.
O Infinito, o Universo e os Mundos – Com estes escritos, finaliza Bruno a sua cosmologia. O infinito está em toda a parte, é imóvel e pleno – e isto porque a sua ideia exclui qualquer lugar, qualquer movimento e qualquer vazio.
O infinito é duplo, qualitativa e quantitativamente, já que não tem qualquer limite e a divindade não criou apenas um único mundo finito, mas antes uma pluralidade deles, apesar da sua semelhança material.

Amava a vida. O convento era para si uma “prisão estreita e negra”.

A religião enquanto conjunto de crenças, era algo de absolutamente ilógico e absurdo, um sistema complexo de superstições e contradições racionais.

Bruno ataca o próprio cristianismo reformado, julgando-o ainda pior do que o catolicismo, ao negar a liberdade do homem.

À “santa burrice”, religiosidade implantada, aberrantemente discordante da razão, eivada de superstições e erros, opõe-se a dos doutos, que é a própria filosofia, forma de ascender a Deus, ser que não é cognoscível pelo intelecto.

A qualidade fundamental do Universo, dirigido e governado por Deus, é a infinitude – um dos temas preferenciais da sua especulação.

A investigação filosófica atinge o seu auge, quando o filósofo se identifica com a natureza – o que o diferencia do êxtase místico de Plotino.




Estudo temático. Para um maior desenvolvimento e conhecimento de outros filósofos sobre os temas versados, ver no site, www.homeoesp.org » Livros online » Deus, Alma e Morte na História do Pensamento Ocidental.


JOSÉ MARIA ALVES

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