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ARTE

sábado, 15 de novembro de 2008

NASRUDIN AO SERVIÇO DE DEUS




A mulher de Nasrudin insistia
Para que este trabalhasse.
“Não posso”, dizia,
“Estou ao serviço do Senhor.”
“Peça-lhe então um salário;
Todo o trabalhador tem direito
A ser justamente remunerado.”
Nasrudin foi para o jardim
E bradava aos céus:
“Pagai-me Alá,
Por todos estes anos de serviço.
Cem moedas de ouro
Não será muito nem pouco,
Será compensação justa.”
Um vizinho rico e chistoso,
Ouvindo-o em tal prece
Atirou com um saco de cem moedas
Que caiu aos pés de Nasrudin.
“Já recebi, já recebi, sou um santo de Deus”,
Disse o Mullá.
A partir daí
Nasrudin fazia vida de rico
E não tardou que o vizinho reclamasse o dinheiro.
Obviamente, negou-lho,
Tinha sido enviado por Alá.
“Vou levá-lo a tribunal”, afirmou.
“Não posso ir perante juiz.
Não tenho roupas decentes
Nem cavalo,
Nem nada que respeitoso pareça.
Decerto, julgará a seu favor.”
O vizinho emprestou-lhe o manto
E a montada
E dirigiram-se ao juiz,
Que ouviu o queixoso
Para depois questionar Nasrudin:
“Qual a sua defesa?”
“O meu vizinho é louco, Excelência.
Julga de tudo ter posse e propriedade.
Se lhe perguntardes, vos dirá
Que meu cavalo e meu manto lhe pertencem.
Mais fácil será dizê-lo do meu ouro.”
“Mas...mas, Eminência, é tudo meu!”
Gritou o queixoso exasperado.
“Caso encerrado”, disse o Magistrado.

JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org

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