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ARTE

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O PADEIRO E SHIBLÍ




Outrora, um padeiro desejava ardentemente conhecer Shiblí.
Este foi à sua padaria, e sem qualquer explicação, tomou um pão nas suas mãos, preparando-se para sair sem pagar.
O padeiro, que o não conhecia, correu na sua direcção, arrancou-lhe bruscamente o pão das mãos e disse:
- Vai-te mendigo, desaparece da minha casa. Este pão não te pertence, não é para ti.
Depois de Shiblí se ausentar, um cliente perguntou ao padeiro:
- Não sabes que o homem que expulsaste é Shiblí? Como é que pudeste negar-lhe um simples pão?
Envergonhado e pesaroso, correu no seu encalço e arremessando-se de joelhos a seus pés, pediu perdão.
Shiblí disse:
- Se queres ser perdoado, prepara um banquete para amanhã e convida todos os que conheces, sem distinção de riqueza ou cargo.
O padeiro preparou faustosa festa e convidou todos os que encontrou.
Chegado Shiblí, sentaram-se para o repasto todos os convivas, e logo um dos presentes, homem piedoso, aproveitou para o questionar:
- Shiblí, como posso eu distinguir entre o homem bom e o mau?
Este respondeu:
- Se é um homem mau que buscas, atenta no nosso anfitrião.
Por mim despendeu cem moedas de ouro. Por Alá, nem um pão quis doar. Seria preferível, ao invés de se dispor a gastos exorbitantes com um homem considerado célebre, dar um pão com amor e doçura a um mendigo.
Parecer bom e generoso nada diz, nada é.
O que releva é a verdade e a pureza da intenção.


JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org

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