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ARTE

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

THOMAS HOBBES





Hobbes nasceu em 1588 e faleceu em 1679, tendo como problema central da sua filosofia, o conceito de razão, faculdade que considera consequência da linguagem. Exclui a teologia do âmbito das ciências racionais. Foi um empirista, como Locke, Berkeley e Hume.

Obras principais:
Do Cidadão – Obra com a mesma lógica do que o Leviatã. É composta por três partes: Liberdade, Império e Religião. Nesta última, trata do Reino de Deus, e de tudo o que necessitamos para nele entrar.
O homem, sujeito às forças naturais, é uma espécie de “condenado à morte”.
Leviatã – É a obra que nos fornece o sistema filosófico de Hobbes.
A primeira parte respeita ao Homem. a segunda à República, a terceira à Religião Cristã e a quarta ao Reino das Trevas.
Na terceira parte demonstra a existência de uma República cristã, que excede a sociedade civil. No Reino das Trevas critica algumas das interpretações das Sagradas Escrituras, denunciando uma vâ filosofia e tradições enganosas.
Do Homem – Segunda parte dos Elementos de Filosofia, dedica-se em especial ao estudo da alma humana – o estudo físico é demasiadamente sintético.
Outras obras:
Da Natureza Humana – Trata do estudo da natureza humana, das suas paixões, visando o estabelecimento das condições da sua sobrevivência na comunidade.
Do Corpo, publicado em 1655. É a primeira secção dos Elementos de Filosofia, obra que dividiu a filosofia em natural, e política e ética.
Os Elementos de Filosofia, são uma trilogia constituída pelos Do Corpo, Do Homem e Do Cidadão.

Admira o método matemático. A geometria é a ciência por excelência. Inspira-se mais em Galileu do que em Bacon. Foi erroneamente considerado suspeito de ateísmo.

Numa atitude materialista, julga que passíveis de juízo são apenas os objectos, mas não nega a existência de Deus – embora este não seja ou se identifique com o mundo. De qualquer modo, só o corpóreo pode ser objecto da investigação filosófica e científica.

Para Hobbes, o incorpóreo é uma ficção, e isto, sem excepção. Afirmar a incorporeidade de Deus, equivale à sua negação.

O ditame da recta razão é o processo racional pelo qual Deus incute no homem a sua lei. Por ele, apenas podemos asseverar que Deus existe e que dirige o mundo. Não lhe podemos atribuir qualificações que não as negativas – v.g. infinitude, eternidade, incognoscibilidade –, e para além delas, entramos fatalmente nos domínios da fé.

Hobbes não atinge a essência de Deus. Assim, na Da Natureza Humana queda-se pela sua existência e pela incognoscibilidade daquela. Tendo em vista que o Deus omnipotente é incompreensível, é-nos impossível conceber a sua imagem; em consequência, todos os seus atributos só anunciam a impossibilidade de conceber algo que respeite à sua natureza de que não temos outra concepção, senão que Deus existe. Reconhece que os efeitos anunciam um poder de os produzir antes que tenham sido produzidos e este poder supõe a existência anterior de algum Ser revestido deste poder. Ora, o Ser que existe com este poder de produzir, caso não fosse eterno, deveria ter sido produzido por algum Ser anterior a ele e este por um outro Ser que o tivesse precedido. Assim, remontando de causas em causas, aportamos a um poder eterno, ou seja anterior a tudo, que é o poder de todos os poderes e a causa de todas as causas. E é isso, que todos os homens concebem pelo nome de Deus, que encerra eternidade, incompreensibilidade e omnipotência.

O bem é sinónimo de desejo e o mal de aversão. O bem máximo é a progressão na vida – sucessiva e infindável – para novos fins. Pecado é o que contraria a consciência.

Julga que não há uma igreja universal, em virtude desta depender do poder político. O rei é ou deve ser o chefe da igreja. É de todo absurdo considerar a infalibilidade do papa. Critica a Igreja de Roma, por ter colocado o poder espiritual acima do temporal.

Refere-se à lei natural como fruto da razão e não como imperativo divino. Enunciou vinte leis, que são no seu entender a súmula da filosofia moral:
- Buscar obter a paz enquanto se tem a esperança de a obter; quando esta não possa ser obtida, devemos servir-nos de todas as vantagens da guerra;
- É necessário respeitar os pactos, ou seja, observar a palavra dada;
- Proibição da ingratidão;
- Devemos ser úteis aos outros;
- Devemos ser misericordiosos;
- As penas não devem ser aplicadas retroactivamente;
- Condenação das injúrias;
- Condenação da soberba;
- Devemos ser moderados;
- Devemos ser imparciais;
- A que respeita às propriedades comuns;
- A que trata das coisas a dividir à sorte;
- A que trata da primogenitura e do direito do primeiro ocupante;
- A que respeita à incolumidade dos mediadores;
- A que respeita à instituição dos árbitros;
- A que prescreve que ninguém deve ser juiz em causa própria;
- A que proíbe os árbitros de aceitarem dádivas dos litigantes;
- A que prescreve o recurso a testemunhas para prova dos factos;
- A que proíbe firmar pactos com os árbitros;
- A que condena tudo o que impede o uso da razão.



Estudo temático. Para um maior desenvolvimento e conhecimento de outros filósofos sobre os temas versados, ver no site,
www.homeoesp.org » Livros online » Deus, Alma e Morte na História do Pensamento Ocidental.


JOSÉ MARIA ALVES

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