Este diário complementa o nosso site pessoal

( VER ETIQUETAS NO FIM DA PÁGINA )

USE O PESQUISADOR DO BLOGUE -

-

OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"VARRER" A ALMA

Existia numa aldeia perto de famoso mosteiro zen, um velho, homem simples e analfabeto, que desejava ardentemente atingir a paz e o equilíbrio interior.
Dirigiu-se ao mosteiro, pedindo para ser admitido.
Os monges mais velhos, consideraram que se por um lado a sua intenção era firme e justa, por outro, as suas capacidades eram tão limitadas, que nada conseguiria aprender.
O velho insistiu várias vezes, e por via de tanta insistência, disseram-lhe:
“Bom homem, podes ficar connosco. Vais iniciar-te com a obrigação de varrer o claustro todos os dias.”
O ancião, feliz, aceitou de bom grado a tarefa e foi-lhe imediatamente entregue uma vassoura.
A partir daí, e durante anos, o noviço varreu diariamente o claustro, empenhando-se na perfeição do seu trabalho.
Com o decurso do tempo, inexistia quem não notasse substanciais modificações no idoso. Parecia estar sempre envolto numa atmosfera de paz celestial e todos os seus gestos eram harmoniosos e estavam em perfeita consonância com o Universo. Havia atingido um notável grau de perfeição que se estendia aos que dele se acercavam, uma libertação contagiante.
Os monges, acometidos pela curiosidade, questionaram-no:
“Bom homem, que prática seguistes para chegares onde chegastes? Donde vem essa paz que se comunica a tudo o que te envolve?”
O velho, com humildade, respondeu:
“Nada mais para além da minha tarefa. Quando varro o chão do claustro, faço-o com amor e imagino que estou a limpar o meu coração de todos os males e de tudo o que na vida me atormenta.”

JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org/

Sem comentários: