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OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

domingo, 26 de julho de 2009

A EXPERIMENTAÇÃO EM HOMEOPATIA





As Matérias Médicas têm por principal fonte a experimentação, havendo ainda que contar com a prática clínica e com a intoxicação voluntária ou involuntária registada nas urgências e atendimentos especializados.

Os efeitos mais característicos dos medicamentos, para serem correctamente obtidos, foram desde Hahnemann administrados experimentalmente em indivíduos sãos e em doses moderadas, para além das experimentações próprias dos homeopatas que com liberdade de espírito e apurada sensibilidade as efectuaram no seu corpo.
Pode assim dizer-se que as Matérias Médicas nascem dos testes de medicamentos realizados em organismos sadios. Em pessoas doentes ou fragilizadas, as alterações de saúde inerentes a cada medicamento, misturar-se-iam com os sintomas da doença, originando confusão, falseando os resultados e os verdadeiros efeitos patogénicos.

Hahnemann ressaltava que a investigação da totalidade – ou quase – dos poderes medicinais das substâncias, passava pela ingestão em jejum de 4 a 6 glóbulos da trigésima potência pelo experimentador, humedecidos com um pouco de água, mantendo-se este regime durante vários dias.
A utilização da 30ª CH na experimentação, é uma escolha criteriosa, já que os sintomas se estruturam numa realidade energética, não molecular.
Para obter a patogenesia do medicamento pode utilizar-se a dose glóbulos – 1 gr. de glóbulos constituídos por uma parte de lactose e duas de sacarose, impregnados pela substância a experimentar – ou partir de 2 a 5 grânulos – ou gotas –, aumentando um grânulo – ou gota – por dia até ao aparecimento dos sintomas, mantendo o experimentador em observação por um ou dois meses.
Este, submetido a uma rigorosa dieta – alimentos nutritivos e simples como: ervilhas frescas, vagens, cenouras. Abstenção de saladas, raízes, sopas de vegetais, bebidas alcoólicas, café, chá entre outros (§ 126 do Organon) – e a uma inactividade psíquica propícia à auto-observação – evitando os conflitos psicológicos, a exaustão física e mental (§ 126 do Organon) –, deve anotar todos os sintomas na ordem do seu aparecimento, descrevendo-os na sua linguagem e sem recorrer a justificações, comparações ou interpretações.
Preferencialmente e quando possível, deve modalizar os sintomas, sendo advertido que a dose subsequente pode curar sintomas causados pela dose anterior ou desenvolver um efeito oposto ao desta – daí a importância da anotação sequencial.

Na experimentação, verificamos que alguns sintomas são obtidos na totalidade ou em quase todos os indivíduos, outros apenas numa parte e por fim, aqueles que surgem num ou em raros experimentadores.
Estes últimos experimentadores são os idiossincrásicos ou aqueles que apresentam sintomas obtidos em raros organismos sadios. Isto significa que a pessoa apresenta uma constituição física especial, que conquanto sadia, possui uma disposição de ser levada a uma condição patológica maior ou menor por certas coisas que parecem não produzir qualquer impressão ou alteração na maioria dos indivíduos. Essa influência parece actuar apenas em pequeno número de constituições sadias; tais agentes, no entanto, deixam a sua impressão em todo o organismo sadio. Isto pode ser demonstrado quando eles são utilizados como remédios homeopáticos, visto serem eficientes em todos os doentes com sintomas semelhantes aos que eles parecem produzir apenas nos chamados indivíduos idiossincrásicos.
JOSÉ MARIA ALVES

1 comentário:

Anónimo disse...

Existe alguma matéria médica de complexos?