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OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

domingo, 26 de julho de 2009

NASCIMENTO DA HOMEOPATIA

NASCIMENTO DA HOMEOPATIA



Hahnemann, nasceu em Meissen, Saxónia, região oriental da Alemanha, a 10 de Abril de 1755, tendo-se formado em medicina no ano de 1779, na Universidade de Erlangen, onde defendeu a tese “Considerações sobre as causas e o tratamento dos estados espasmódicos”.
Traduziu e publicou diversas obras, que constituíram uma inestimável contribuição para a literatura médica da época, destacando-se o seu “Dicionário Farmacêutico”.

Considerando inaceitáveis os métodos e a inoperância da medicina clínica, que se orientava essencialmente pela doutrina dos humores – as doenças eram provocadas pelos maus humores –, que eram purificados através de clisteres, purgas, sangrias e vomitivos, para além da utilização de medicamentos de elevada toxicidade, que ao invés de fortalecerem o paciente, apenas o debilitavam e expunham a patologias sucessivas e constantes, abandonou desalentado a sua prática em 1789, dedicando-se a traduzir obras médicas estrangeiras.

Em 1790, quando traduzia a matéria médica de Cullen, instituidor da Escola Médica de Glasgow, faz a descoberta que o transformou no fundador da homeopatia.
Cullen afirmava que a Cinchona Officinalis – Quina – tinha propriedades tonificantes sobre o estômago, o que contrariava a experiência de Hahnemann, já que, quando adoeceu de paludismo havia experimentado – devido à sua ingestão – alguns dos sintomas característicos da gastrite. Desta forma, passou a autoministrar diariamente certa dose dessa planta – medicamento –, começando a sentir um quadro sintomático que compreendia: tremores, sede, acessos de febre, palpitações; enfim, todos os sintomas característicos das febres intermitentes.
Considerando a sua própria experiência, anotou na margem da mencionada obra a frase: “Substâncias que provocam uma espécie de febre, podem curar a febre”. Com ela, lançou os alicerces da nova medicina e do seu princípio fundamental: “Os semelhantes são tratados pelos semelhantes”.

Desta premissa, partiu para a experimentação de outras substâncias com resultados terapêuticos confirmados, como o arsénico, obtendo o mesmo tipo de resposta às questões que levantava. Concluiu então, que um paciente deve ser tratado com a substância capaz de produzir em qualquer organismo são, um quadro sintomático idêntico ao por si apresentado.
Deste modo, Hahnemann determina exaustivamente o maior número de sintomas decorrentes da intoxicação provocada pela administração continuada duma dada substância – veja-se o artigo “A Experimentação Em Homeopatia”.

O conjunto de sinais e sintomas obtido é designado por Patogenesia da Substância.

No ano de 1805 publicou a primeira Matéria Médica Homeopática, com 27 substâncias ensaiadas, e respectivas patogenesias.
Após inúmeras experimentações, publicou em 1810, o “Organon da Ciência Médica Racional”, que a partir de 1819, data da 2ª edição, recebeu o título de “Organon da Arte de Curar”. Considera-se este, como sendo o livro basilar de todo o corpo teórico homeopático – o “Organon da Arte de Curar”, como livro de base da homeopatia deve ser cuidadosamente estudado. Aconselha-se ao estudante de homeopatia como primeira abordagem: O “Organon de Samuel Hahnemann – Resumo”, editado neste blogue e no site http://www.homeoesp.org/
Até ao ano de 1839 publicou a “Matéria Médica Pura”, que foi dada à estampa entre 1811 e 1826, em 6 volumes, com um total de 1777 páginas e 64 medicamentos experimentados, e o “Tratado de Moléstias Crónicas”.

A homeopatia é utilizada praticamente em todo o mundo, existindo três escolas dominantes: Unicismo, Pluralismo e Complexismo. Embora as duas últimas Escolas resultem basicamente de toda a doutrina unicista – única Escola puramente hahnemanniana –, a multitude de teorias aditadas aos conceitos básicos promoveu a sua adaptação aos princípios da Medicina Ortodoxa.
Enquanto que o Unicismo se fundamenta no princípio do medicamento único ou ““simillimum” ” encontrado com referência à totalidade sintomática do paciente, no pluralismo são receitados dois ou mais medicamentos, tomados alternadamente, com o intuito de cobrir todos os seus sintomas. No Complexismo os medicamentos são tomados simultaneamente.
Existe quem conteste esta distorção da real doutrina homeopática. De outra parte, defende-se a evolução necessária e inelutável da homeopatia em detrimento da perpetuação do purismo exacerbado, quase impraticável na actualidade. Discordamos profundamente desta perspectiva na medida em que privilegie a celeridade em detrimento da análise cuidada e exaustiva que deve presidir a qualquer método tendente à cura do paciente encarado como um todo.

Acreditamos, que em certa medida se podem equilibrar os pratos da balança, empregando os ensinamentos de uma ou outra Escola, em conformidade com a experiência clínica do terapeuta. De qualquer modo, frisamos que a nossa abordagem clínica é fundamentalmente Unicista com utilização obrigatória do Repertório Homeopático, como melhor se especificará – ver artigos referentes ao Repertório e à Repertorização.

Isto não quer dizer, que quer o pluralismo quer o complexismo, não conduzam a resultados favoráveis e entusiasmantes. São muitos os práticos que o atestam e pacientes que o confirmam.

As nossas escolhas, não podem ou devem em caso algum, manifestar intolerância e compreensão deficiente de atitudes terapêuticas diversas. A nossa intenção deverá ter como objectivo fundamental a produção de curas suaves ou doces, de modo rápido, seguro e duradouro, sem os inconvenientes das terapêuticas agressivas.
E, se a nossa abordagem é Unicista, bem sabemos que em múltiplos casos, quer o pluralismo quer o complexismo, para além de serem as únicas hipóteses de atender um certo número de enfermos, têm na clínica resultados que não podem ser menosprezados.



JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org/


2 comentários:

Luisa disse...

Boa noite Doutor. Gostaria de saber se a esofagite de refluxo tem tratamento na homeopatia unicista. Sofro dessa doença que muito me incomoda, pois naão posso comer alimentos acidos, café, ate agua gasosa me causa azia.Por vezes, sinto que vou gorfar, como acontece com os bebês. Já notei que preciso comer em pequenas quantidades, principalmente ao ingerir liquidos.Bebidas quentes nem pensar.Teria algum remedio na homeopatia que pudesse ajudar? Abraços- Luisa/Brasil

JOSÉ MARIA ALVES disse...

Boa noite Luisa

Pesquise no blogue - ESOFAGITE ou REFLUXO ESOFÁGICO -
O tratamento é complexista - medicamentos dos laboratórios Heel.

Se tiver dificuldades, diga - procurarei elaborar um complexo com medicamentos unitários.

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Um abraço e as melhoras

Zé Maria Alves