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ARTE

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

THOMAS HODD (1799-1845) - LEMBRO-ME, LEMBRO-ME






Lembro-me, lembro-me
Da casa onde nasci,
Da pequena janela por onde o sol
Vinha espreitar pela manhã;
Nunca chegava um piscar de olhos demasiado cedo,
Nem trazia um dia demasiado longo,
Mas agora muitas vezes desejo que a noite
Me tivesse levado a respiração!

Lembro-me, lembro-me
Das rosas, vermelhas e brancas,
Das violetas e dos lírios,
Daquelas flores feitas de luz!
Dos lilases onde o tordo fazia ninho,
E onde meu irmão plantou
O laburno no dia do seu aniversário, -
A árvore ainda está viva!

Lembro-me, lembro-me
De onde costumava correr
E pensar que o ar devia ser também assim fresco
Nas asas das andorinhas;
O meu espírito, que então voava em penas,
Que está agora tão pesado,
E os lagos do Verão mal podiam refrescar
A febre da minha testa!

Lembro-me, lembro-me
Dos abetos negros e altos;
Costumava pensar que as suas copas esguias
Estavam perto, em comparação com o céu:
Era uma ignorância infantil
Mas agora não é grande alegria
Saber que estou mais longe do céu
Do que quando era menino.

Tradução de Cecília Rego Pinheiro


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