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ARTE

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

VICTOR HUGO (1802-1885) - AMANHÃ, PELA AURORA EM QUE ALVEIAM OS CAMPOS






Amanhã, pela aurora em que alveiam os campos,
Eu partirei. Vê tu, eu sei que aí me esperas.
Irei pelas florestas, irei pelos outeiros,
Não posso assim ficar longe de ti mais horas.

Caminharei de olhos fitos no pensamento,
Sem nada ver de fora, sem ouvir nenhum ruído,
De mãos cruzadas, só, assim curvado, incógnito,
Triste, terei o dia como a noite vivido.

Não verei essa tarde esplendorosa e escura,
As velas no horizonte descendo para Harfleur,
E ao chegar, porei na tua sepultura
Um ramo de azevinho e de giesta em flor.

Tradução de Filipe Jarro


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