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ARTE

sábado, 15 de maio de 2010

MORRER NO MAR






Noite escura

Não li por escuridão
Por dormência
Do espírito vagabundo

Em que pensas tu irmão

Nos olhos dela Nos seus olhos azuis

E no mar
No mar profundo

Nunca mais saí aos temporais
Às vagas crispadas de rugas
Não mais capeei em capa ardente
Olhando o mar de frente
Temente
Mas não como outra
Gente
Cobarde e doente

Se o mar me matasse eu
Eu morreria
Contente

Há um Mar que corre em nós

Amar

Há veias
Veios d’água e sal
De lágrimas
Por não se saber Amar
Ou o que é o Amor

Há um Mar escondido
Nos confins da alma
Muro erguido
Em redor
Da Lua
Muro de Dor

Salpicou-me o lanceiro
Salpicou-me o flanco
De lírios
Azuis

E teu olhar
Tua feição
É uma mentira
Que mente ao Mar
Que te mente a ti
Mas a mim não ludibria

Que o Amar comigo morra
No Mar


JOSÉ MARIA ALVES

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