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ARTE

terça-feira, 1 de junho de 2010

MIGUEL DE CERVANTES (1547-1616) - CANÇÃO DE D. LUIS






Marinheiro sou de amor
e em seu pélago profundo
navego sem esperança
de chegar a porto algum.
Seguindo vou uma estrela
que de bem longe descubro,
mais bela e resplandecente
que quantas viu Palinuro.
Não sei aonde me guia,
e, assim navego confuso,
minha alma a olhá-la atenta,
cuidadosa e com descuido.
Cautelas impertinentes,
a pureza contra o uso,
são nuvens que ma encobrem
quando mais vê-la procuro.
Oh clara e luzente estrela,
em cujo clarão me apuro!
O instante em que te encubras
há-de levar-me ao sepulcro.

Tradução de José Bento

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