Não há quem não tenha experimentado as dores do amor
Amor das palavras de pálpebras cerradas nas olheiras arroxeadas
Amor que morre de fome e sede
Às portas do templo
Rasgado por juramento de condenados
E mulheres de véu púrpura
Ajoelhadas na velha religião
Das dactilógrafas extintas
Há pássaros em gaiolas pintadas a oiro marroquino
Há uma infinitude de D. Juans com odor a homem
Carícias de Outono
Ardis de Verão
Há cortejos de prostitutas
Há uma Branca de Neve em cada mulher da vida
Há cortesãs nas mulheres-família
E ainda
Há a mentira de tudo isto e o sorriso acre misterioso do cego e do seu macaco
Sem comentários:
Enviar um comentário