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ARTE

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CAMINHO DA LIBERTAÇÃO - 5




5. –
Quando nos concentramos num único pensamento ou em vários unificados, todos os outros desaparecem restando apenas aquele em que a mente se focalizou.
Frequentemente ocorre, que após prática contínua deste método, o pensamento eleito acaba também por desaparecer ou por se diluir, prevalecendo o vazio da mente, ainda que perfumada pela ideia objecto da concentração.

Podemos referir a atitude contemplativa de místicos, nomeadamente cristãos ou hindus, que se deixam arrebatar pela ideia amorosa de Deus, procurando não a abandonar em todos os momentos do quotidiano, transformando-a numa verdadeira “obsessão”.
Em regra, a oração, o silêncio e o recolhimento, permitem que a contemplação se restrinja a esse único pensamento que é Deus, na esperança de que com Ele se una a alma, sua amada.
Pelo pensamento dirigido a Deus, o espírito despoja-se por Deus, de tudo o que não é Deus. Se o adorador dedica o seu amor a Deus, aí não entra amor de si nem das suas coisas.


Também os koan Zen são disso um exemplo, absorvendo o iniciado na pesquisa de resposta a questões insolúveis. Alguns exemplos:

- Qual o som de uma mão a bater palmas?

- O sentimento jamais abandona o sábio. Qual o segredo do amor sem apegos?

- Kyogen, disse:
“Zen, é como um homem pendurado num alto galho de árvore pelos dentes, sobre um precipício. As suas mãos não podem alcançar o galho, os seus pés não se podem apoiar num outro ramo.
Um homem sob a árvore, pergunta-lhe:
Qual o motivo pelo qual Bodhidharma veio da Índia para a China?
Se o homem na árvore não responder, falha; se o fizer, cairá e perderá a vida.
Assim, pergunto-vos:
Que deve este homem fazer?”

- Como eras antes dos teus pais te terem concebido?

- Quem é que se move:
O vento?
As folhas da árvore?
A Mente?


A pergunta “quem sou eu?” (37), insistentemente formulada, produz resultados similares aos do koan.

JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org


2 comentários:

Anónimo disse...

E se Deus não existe?!

Anónimo disse...

Aqui não interessa se Deus existe ou não.
Interessa apenas realizar os exercícios e tomar uma decisão própria sobre a sua prática.
Alguns deles, implicam que se formule tal juízo, mas outros não.

Poderá dizer-se que as questões
Deus existe?
Deus não existe?
São absurdas. Talvez sejam.