naquela manhã
o pomo estava tenso
aos dedos ainda dormentes
nos lençóis de algodão
os pesadelos
da solidão
na mesa de cabeceira
uma espiga doirada
vibrava
e mais se agitava
na vagina
sedenta que a aguardava
a fome dos seus dedos
o amante indiferente
que não veio nem vem
cama que range
corpo sofrido
orgasmo que se abstém
Sem comentários:
Enviar um comentário