cortaram-te o cabelo
mesmo amputada creio em ti
como se crê num deus imemorial
pareces-me um rapazinho imberbe
mas és tu inamovível
nua de pernas ansiadas
a carne dura de granito cinzelado
ponho-me de joelhos
beijo-te e rezo ao sexo azul celeste
enleio-me nos teus pés
a alma repartida em pedaços de pão
nas mãos que te dividem
os segredos do corpo
abrem-se as portas
que me extasiam
Sem comentários:
Enviar um comentário