Venerável
É quem não se ilumina
Ao ver o relâmpago!
Bashô
O velho cão,
Na visita ao cemitério,
Segue à frente.
Issa
A flor
Da beira da estrada
Foi comida pelo cavalo.
Bashô
Noite na cabana –
Um grilo na prateleira
Procura por algo.
Issa
Saio para a varanda
Para fugir da mulher e filhos.
Que calor!
Buson
Cúmulos-nimbos
Atravessando os céus
Sobre o rio sem água.
Shiki
Chuva de Verão.
Os pingos batem
Nas cabeças das carpas.
Shiki
Refresca um pouco
Pôr os pés na parede
Durante a sesta.
Bashô
Mesmo em Quioto,
Saudade de Quioto –
O canto do cuco...
Bashô
Salta uma truta –
Movem-se as nuvens
No fundo do rio.
Onitsura
Quietude –
O canto das cigarras
Penetra nas rochas.
Bashô
Nada indica
Que ela vá morrer –
Canta a cigarra.
Bashô
A mãe conta
Enquanto dá de mamar
As picadas de pulga.
Issa
Quão glorioso,
Nas folhas verdes, folhas tenras,
O brilho do sol!
Bashô
A solidão
De uma estação de comboios –
Flores de lótus.
Shiki
Dia de Primavera –
Os pardais no jardim
Tomam banho de areia.
Onitsura
Mostrando no escuro
Toda a tristeza das coisas –
A pesca ao candeio.
Kikusha
Tranquilidade –
O monge da montanha
Espia através da cerca.
Issa
Vai-se a Primavera!
Lágrimas no olho do peixe.
Choram as aves.
Bashô
Um campo de trevo –
As rodas da carruagem
Rangem ao luar.
Seifu
As águas silentes
E a névoa sobre o capim –
Entardece agora.
Buson
Chuva de Primavera –
Uma criança
Ensina o gato a dançar.
Issa
Ah, o rouxinol!
De novo ele tenta
E tenta de novo.
Chiyo-jo
Ao romper do dia,
À conversa com as flores,
Uma mulher só.
Seifu
Ah, quanta saudade
De meu pai e minha mãe
Na voz do faisão.
Bashô
O gato ao acordar,
Com um grande bocejo
Vai namorar.
Issa
Acorda, acorda!
Vem ser minha amiga,
Borboleta que dorme!
Bashô
Eis a borboleta –
Atrás, adiante, atrás
Da mulher no caminho.
Chiyo-jo
Uma cai...
E duas caem a seguir –
Camélias!
Shiki
É quem não se ilumina
Ao ver o relâmpago!
Bashô
O velho cão,
Na visita ao cemitério,
Segue à frente.
Issa
A flor
Da beira da estrada
Foi comida pelo cavalo.
Bashô
Noite na cabana –
Um grilo na prateleira
Procura por algo.
Issa
Saio para a varanda
Para fugir da mulher e filhos.
Que calor!
Buson
Cúmulos-nimbos
Atravessando os céus
Sobre o rio sem água.
Shiki
Chuva de Verão.
Os pingos batem
Nas cabeças das carpas.
Shiki
Refresca um pouco
Pôr os pés na parede
Durante a sesta.
Bashô
Mesmo em Quioto,
Saudade de Quioto –
O canto do cuco...
Bashô
Salta uma truta –
Movem-se as nuvens
No fundo do rio.
Onitsura
Quietude –
O canto das cigarras
Penetra nas rochas.
Bashô
Nada indica
Que ela vá morrer –
Canta a cigarra.
Bashô
A mãe conta
Enquanto dá de mamar
As picadas de pulga.
Issa
Quão glorioso,
Nas folhas verdes, folhas tenras,
O brilho do sol!
Bashô
A solidão
De uma estação de comboios –
Flores de lótus.
Shiki
Dia de Primavera –
Os pardais no jardim
Tomam banho de areia.
Onitsura
Mostrando no escuro
Toda a tristeza das coisas –
A pesca ao candeio.
Kikusha
Tranquilidade –
O monge da montanha
Espia através da cerca.
Issa
Vai-se a Primavera!
Lágrimas no olho do peixe.
Choram as aves.
Bashô
Um campo de trevo –
As rodas da carruagem
Rangem ao luar.
Seifu
As águas silentes
E a névoa sobre o capim –
Entardece agora.
Buson
Chuva de Primavera –
Uma criança
Ensina o gato a dançar.
Issa
Ah, o rouxinol!
De novo ele tenta
E tenta de novo.
Chiyo-jo
Ao romper do dia,
À conversa com as flores,
Uma mulher só.
Seifu
Ah, quanta saudade
De meu pai e minha mãe
Na voz do faisão.
Bashô
O gato ao acordar,
Com um grande bocejo
Vai namorar.
Issa
Acorda, acorda!
Vem ser minha amiga,
Borboleta que dorme!
Bashô
Eis a borboleta –
Atrás, adiante, atrás
Da mulher no caminho.
Chiyo-jo
Uma cai...
E duas caem a seguir –
Camélias!
Shiki
Ver neste blog » HAIKU - INTRODUÇÃO
JOSÉ MARIA ALVES
Sem comentários:
Enviar um comentário