E. M. MELO E CASTRO (1932) - NÃO ME DIGAS JAMAIS QUE O VENTO SOPRA
não me digas jamais que o vento sopra
porque o vento não sopra nunca mais
que quando sopra o vento o que sobra
é o vento que sopra ainda mais
diz-me antes que sopra o vento apenas
quanto o ar se aquieta ao movimento
do que passa no ar motor de penas
ou o sopro contínuo deste vento
ou não me digas nada nunca mais
que não sopra ou que sobra movimento
que não sobra ou que sopra sempre mais
ou diz-me apenas só que és tu o vento
porque o vento que sopra se condensa
no nosso respirar que se condensa
VEJA-SE EM
www.homeoesp.orgLIVROS ONLINE » ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA
Sem comentários:
Enviar um comentário