terça-feira, 30 de junho de 2009

PEDRO TAMEN - FAZER HORAS


Adelina: a bruma que era ontem
voa – não é já. Foi-se tão prestes
como o João das Índias. E foi lá
que um pero se ficou – tão são,
tão nosso irmão.

Adelina: que é do candeeiro
que tu dizias fosco? A luz que deu
dá ora gosto. Por isso aqui te digo
que após a morte é um minuto grande
e outro umbigo.

E está-se, Adelina. Se como burro
dói, é vero, mas está-se.
Até que passe.


VEJA-SE EM
www.homeoesp.org
LIVROS ONLINE » ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA


Sem comentários:

Enviar um comentário