quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

GILBERTO MENDONÇA TELES - O JOGO






No gume do vidro
negrume do coito:
no final do grito
no sinal do coice

no cordel do timbre
no corcel do vento
na manhã dormindo
na raiz por dentro

na tenda e no toldo
na matriz da fala
no lance e no jogo
na sombra e na falta

no cristal do órgão
no cristel da posse
no nível do chão
na linha da pose

no lombo do livro
no bambo do corpo:
no gume do vivo
negrume do morto.


Sem comentários:

Enviar um comentário