sábado, 13 de fevereiro de 2010

PIEN KUNG (1476-1532) - SOLEDADE






Deleita-me a solidão desta choupana...
Mas dói-me ao recordar vozes amigas.
Sim, geme o verdelhão, - mas em país de exílio.
Conturba-me a cor da relva o coração, que remoça.

Desce o sol, em um poente de cirros amarelos
Passam nuvens sobre o mar, - que é mais ferrete.
Segunda lua... E, na algaravia dos grasnidos,
Oiço os gansos darem o alarme p´ra o regresso.

Tradução de Camilo Pessanha

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