quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOITE DE TEMPORAL





Noite escura da solidão

Rosto de espuma branca de gelo rasgado
Ó pescador de almas
A morte não existe para os jovens amados pelos deuses
Perfeita harmonia de tempo amarelecido como as folhas de livro de pedra
Devagar devagar
As flores casam as cores sobre o gume de adaga mortífera

Pinto um quadro monocromático de infinito
Enquanto em Agrigento Empédocles discursa uivando
Um bote voga na barra lavrando o mar
Funesto túmulo dos ignorados

Noite escura de temporal

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