sábado, 30 de outubro de 2010

QUANDO TUDO ESTAVA BEM





Lembro-me de quando rezava orações de rodas dentadas em máquinas perfeitas
Nessa altura eu era mais feliz
Havia Deus em todas as coisas todas as coisas eram Deus
O verde das searas era mais verde
O azul do céu era mais azul
O mal era menos mal
Tudo tinha a explicação simples das noites de luar
O mal do mundo não era Dele era nosso e
O bem era Dele e nosso
E tudo estava bem eterna e infinitamente bem

Se hoje voltasse a orar
Orações imperfeitas de esquecimento
Provavelmente tudo estaria bem
Mesmo as engrenagens corroídas pelo tempo ferruginoso
Tudo estaria bem para todo o sempre bem



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