sábado, 3 de setembro de 2011

A CRUZ DA AGONIA




Construíra castelos em ruas ermas Torres nos atalhos Ermidas nos outeiros
Com a alma em cinza
Dolente pela atroz ausência
Da para sempre Bem-amada
De olhar enlouquecido percorria as veredas melancólicas da saudade mortal
Procurara-a nas areias doiradas de inóspitos desertos nos jardins em flor nas florestas virgens nunca antes por humanos visitadas mosteiros e conventos
Ela o fulgor da aurora deixara no infinito a sua sombra a benção de seu perfume na morte penitente do riso
Ele ficara na penumbra do perfil altaneiro a gelar a imagem do sonho desfeito
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