terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

NÃO TENHO NOTÍCIAS TUAS



Depósito velho e gasto inundado de estrelas do anoitecer
O trem avança vagarosamente em painéis de azulejos azul-pálido

Ruínas de casas onde o amor dormiu em camas de ferro e colchões de palha
No sono das crianças embaladas pelo ritmo seco das molas desgastadas

As telhas roçam as silvas das paredes

Não tenho notícias tuas

Ramos de árvores quebram com o peso do gelo em coração petrificado
Branco como o teu corpo
Para sempre ausente


http://www.homeoesp.org/livros_online.html

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