quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CEMITÉRIO NA ALDEIA





Mais um velho
Um mais
Da minha aldeia

Foi hoje a sepultar

O cemitério apinhado de membros desfeitos nas recordações perdidas

As campas graníticas
Descarnadas
Sorvem as lágrimas da saudade

Aqui e ali
Os idiotas que pouco ou nada aprendem com a morte e com o silêncio da morada derradeira
Visitam os túmulos frios da madrugada
Solenemente beijada pelo orvalho sangrento
Deixando nelas o pranto da hipocrisia

Água de pérfidas faces sulcadas pelo remorso
Água que não lava nem alivia o jugo do pecado
Água-de-olhos sujada e em vão derramada

http://www.homeoesp.org/livros_online.html


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