quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O MEU GRITO





Na gare deslizam incógnitos os passos do homem-azul

No velho banco da Esperança um Sem-abrigo sorve o resto do resto de um cigarro
Enquanto olha indiferente as pernas delgadas da jovem cor-de-rosa

Uma mulher carregada por duas malas adverte as crianças sujas Não se afastem

Os olhos brilhantes de uma menina fitam-me
Abstraída dos passageiros de limpo vestidos por cima da alma de esterco
Corações defecados na viagem da vida

Adivinhará o que penso o que sinto
Da revolta o meu grito?

http://www.homeoesp.org/livros_online.html


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