segunda-feira, 22 de abril de 2013

AS CINZAS DO VENTO





serei sempre capaz de adivinhar as tuas dores
enquanto teu tal pedra fulva lançada às estrelas
e que no interior das corolas feitas a cores
aguarda que a lapidem até à vinda da morte

vieram de toda a parte sem saber ao que vinham
os seus túmulos terão coroas de flores
garridas a murchar aos olhos das longínquas galáxias
eles o povo que ninguém ouve e todos desprezam

mulheres crianças velhos registados em vórtices
de portos e abrigos bárbaros do atlântico norte
donde voltam na amotinação da crista das vagas
quando o mar suspira de grandeza nos molhes do cais

e eu
no teu interior
flor
ergo-me nas cinzas do vento






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