segunda-feira, 1 de abril de 2013

SUICÍDIO DE AMOR





sentada na sombra de uma velha oliveira cristã brincava
com o fio de orvalho refulgente
nas mãos brancas amparava-se o anjo do tempo perdido em meia vida por viver

com a sua fé na translúcida imortalidade das pedras e dos amores tumulados na eira deserta
iria encontrar-se com o seu amante
não pousando jamais em vida os pés na terra ingrata




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