sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

VENTO QUE VEM DO MAR



o vento vem do mar
traz-me o nome que deixaste na penumbra
hábito vestido de promessas nuas
em passos iridescentes

a noite da adolescência desenrola-se
nas palavras líquidas do envelhecimento
nas flores murchas que flutuam no interior 
melancólico dos animais aturdidos pela poesia 
da memória arrastada pelas correntes

a seiva da alba enumera as ilhas 
que percorreste        alisadas pelos teus cabelos
e pelos sobejos da morte




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