quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALBERTO DE LACERDA (1928-2007) - RECORDAÇÃO







O rosto erecto
Dá a impressão de inclinado
Por certa graça esplendente
De nobreza

Rio lindo chama pura
Aparição convergida
pelos astros espantosos
Deixas-me o corpo o teu corpo
E o desenho da tua alma
Nas minhas mãos escultoras
Deixas-me a voz essa voz
Que guarda vozes no fundo
Dos seus véus de maravilha
Deixas-me véus maravilhas
A confiança na vida
E dois lábios esmagados
Insuportáveis felizes

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