segunda-feira, 9 de maio de 2011

NOITE ESCURA



Noite escura
A rua começa a encher-se
De esquinas
E o mar crucificado
Entre sorriso e pranto
Oferece a sua dor aos deuses

Tanto eu amei
Tanto eu vivi
Fui amado
Odiado
Pelo rubi que carrego

Sempre o mesmo tédio

Sem asas não voltarei a amar
Sem o sonho que sobe a colina
Ao adormecer
Com as árvores a fitar o corpo
Não voltarei a sonhar


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