domingo, 16 de outubro de 2011

AO COLO DO LUAR




Tinha pressa
Uma cinta de seda
Estrangulava-lhe o pescoço
Na alcova de pérolas e coral
Dos devaneios

Queria retardar o dia
Para que a geada nocturna de Maio
Não crestasse as plantações
Palpitantes de sexo

Um pássaro verde
Voava no azul

No vale
A lentidão do gelo
A arrostar-se na erva macia
Como corpos expostos
A amadornar
Ao colo do luar


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