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ARTE

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O MESTRE ZEN E A ESTABILIDADE MENTAL



Existiu um jovem arqueiro que havia vencido todos os torneios em que tinha participado.
Era perito no arco de flechas como ninguém. No entanto, ouvira falar num velho Mestre Zen, que era tido por imbatível, apesar de por via da sua provecta idade não se dedicar à competição. As sua mãos e seus braços não dispunham da energia de outrora, e muito provavelmente a perícia e segurança do jovem o ultrapassaria.

Desafiou-o e com o primeiro tiro colocou a flecha no centro do alvo. Com o segundo, dividiu a primeira ao meio. Depois convidou o Mestre a imitá-lo ou até a suplantá-lo.

Este intimou-o a acompanhá-lo. Percorreram vários quilómetros de vereda na encosta de uma montanha, até que se depararam com um imenso abismo atravessado por estreita e frágil tábua.
O Mestre começou a caminhar com segurança na tábua que baloiçava, espreitando o abismo infindável. No meio, parou, envergou o arco com determinação e atingiu uma árvore longínqua.
“É a sua vez, bom jovem”, disse, enquanto regressava com suavidade da improvisada ponte sobre o despenhadeiro negro.

O jovem ficou inerte. Nem um passo deu na tábua, suas pernas tremiam e as suas mãos mal conseguiam segurar o arco.
Disse-lhe o Mestre:
“Já verifiquei que grande é a sua perícia com o arco, mas frágil sua estabilidade mental, que nos deve deixar totalmente descontraídos para mirar o alvo com sucesso.”


JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org

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