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OS TRATAMENTOS SUGERIDOS NÃO DISPENSAM A INTERVENÇÃO DE TERAPEUTA OU MÉDICO ASSISTENTE.

ARTE

sexta-feira, 29 de abril de 2022

IPCC – NOVO RELATÓRIO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

 




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O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) não nos merece muita confiança.

Para além de utilizar uma abordagem excessivamente conservadora para poder retirar conclusões adequadas à realidade, os cientistas são em regras escolhidos para que se possa obter um consenso. Obtido este, as avaliações realizadas são enviadas aos governos para uma revisão. 

 

Nas palavras de Guy McPherson os governos do planeta estão especialmente interessados em sustentar o crescimento económico. Salvar o mundo de uma catástrofe não é uma prioridade


Mais um relatório. Relatórios atrás uns dos outros e o resultado está à vista: mentira e inacção. 

Se os cientistas, principalmente os independentes, procuraram alertar o mundo para os perigos ambientais e para a Extinção a Curto Prazo da Humanidade, e ninguém fez nada, que utilidade tem mais um relatório?

Esta é a pergunta que muitos fazem e que gostariam de ver respondida, não com palavras ocas, mas com acções concretas.


A quinta avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das mudanças de temperatura oceânicas globais e regionais projectadas já foi baseada em modelos climáticos com pressupostos grosseiros.


Neste novo relatório, os cientistas ainda colocam a hipótese da humanidade conseguir reverter alguns dos eventos climáticos extremos abordados, mas avisam que se tal não ocorrer correremos graves riscos, olvidando parâmetros essenciais, nomeadamente o Escurecimento Global e a exequibilidade de um grande número de medidas a serem tomadas a curto prazo. 

O IPCC tem caminhado sempre retardado no que toca aos estudos mais recentes, que reflectem uma realidade catastrófica: A Extinção em Massa do Antropoceno e a previsibilidade de estarmos num ponto de não retorno

  

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Como já se escreveu, o novo relatório sobre mudanças climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, indica que estamos perante graves mudanças climáticas, algumas das quais sem retorno. 

O estudo, feito por centenas de cientistas, alerta para o aumento de vagas de calor, secas, inundações e outros eventos climáticos extremos nos próximos dez anos. 

Neste vídeo, a repórter Laís Alegretti explica os principais pontos do relatório sobre o mundo e o Brasil.

Explana ainda o que pode ser feito para alterar a catástrofe que se avizinha – segundo o conservadorismo subserviente do IPCC a governos e organizações.


5 pontos do relatório da ONU sobre efeitos alarmantes das mudanças climáticas –




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O secretário-geral da ONU, lá veio fazer o seu papel, saindo da “hibernação”, mas sabendo que é mais um relatório, apenas mais um relatório…

Secretário que também bem sabe, que tudo aponta para uma guerra destruidora, caso se continuem a trilhar globalmente caminhos inconvenientes contrários à pacificação da vontade dos envolvidos, antes conduzindo à exacerbação do ódio, tão bem tolerados pela comunicação social. 




Tem mais..., basta pesquisar na internet. Tudo palavras sem eco, do "figurante maior" de uma frágil e inoperante organização, tal circo em insolvência.

Figurante que chega sempre fora de horas, quase obrigado por circunstâncias exógenas, como no conflito actual, tendo acabado por sair da Rússia e de Kiev com "uma mão cheia de nada", para além da vexação provocada pelos mísseis que atingiram Kiev, no próprio dia da sua visita oficial. 




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Vejam-se ainda os seguintes vídeos:


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Mudança Climática - Ponto da Situação em 2016 por Paul Beckwith




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IPCC WG3 MITIGATION focused scenario navigation and caution on IPCC errors – PETER CARTER




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New Report on Climate Mitigation: Assessment Report (AR6) by Working Group (WG3) of the IPCC – Paul Beckwith




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IPCC Climate Last Warning – PETER CARTER




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José Maria Alves


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CÃES QUE LADRAM NÃO MORDEM

 

CÃES QUE LADRAM NÃO MORDEM

MANDAM MORDER E MORRER





Durante os anos que vivi na Serra da Estrela tive vários cães. Todos com as suas personalidades, mas uma característica comum. Perante qualquer situação que lhes parecesse ameaçadora, mesmo que gerada por animais muito mais poderosos, ladravam desalmadamente, sem parar, inquietos e medrosos, apesar de parecerem determinados a vencer os seus opositores. Estavam sempre a aparecer para defender o que julgavam ser o seu território e para serem vistos pelos outros animais que passavam, ladrando e exibindo as suas presas, protegidos pelos muros que cercavam a propriedade. Um deles até aos ventos fortes da montanha ladrava. Lembravam os lulus da cidade que com o seu latido esganiçado apenas amedrontam criancinhas. 

Eram uns pobretanas, que latiam, ladravam e corriam que nem pobres-diabos pelos gradeamentos simulando um poder inexistente. Com essa postura conseguiam enganar a maioria dos cachorros que por ali passavam, porque essa maioria era manifestamente imbecil, tal poviléu asnático.

Um deles, ladino e cobarde, quando se conseguiam escapar em grupo para o exterior, comandava as operações dos pequenotes atiçando-os em grupo contra os cães dos pastores muito maiores e habituados a combates sangrentos. Logo que se envolviam corria a refugiar-se deixando os coitados em sérios apuros e muitas vezes em risco de vida. 


No entanto, tinha um outro Amigo de quatro patas, o João Pestinha, animal de grande porte, que era a minha companhia de todos os dias nos vales e montes da Serra.

Enquanto os outros ladravam, deixava-se ficar calmamente a olhar para as montanhas, nem se dignando olhá-los. Ignorava-os e aos que passavam. Nunca tive nenhum outro cão no território comum de todos eles, que o afrontasse.

Se por um mero acaso o portão ficasse aberto e algum outro animal mais corajoso entrasse nos seus domínios, enquanto os outros fugiam, o João Pestinha expulsava-o num ápice deixando-o severamente ferido.

Habituara-se a lutar desde muito jovem. Desconhecia o medo. Era um animal rápido, poderoso e independente.

Não temia ninguém e nunca se comportou como se eu fosse o seu dono; fomos sempre amigos. Chegou a enfrentar 3 e 4 cães de pastores ao mesmo tempo, na época em que estes faziam transumância para o alto da Serra. Nunca o vi perder uma luta. Usava tácticas condizentes com as ocasiões que se lhe deparavam; nem eu próprio sabia como iria desferir os seus ataques. Tinha uma agilidade que lhe permitia desferir golpes no pescoço dos adversários com uma rapidez que muitas vezes nem os meus olhos conseguiam acompanhar, atacando como um verdadeiro relâmpago os seus inimigos sucessivamente.

Antes de atacar ou em posição de defesa, nunca ladrava nem rosnava, não mostrava as presas enormes, nem indicava pela cauda ou por qualquer outra expressão a intenção de lutar.

Nunca perdeu uma “guerra”, apesar de também ter saído ferido nalguns dos combates.

Era um estratega e combatente de excelência. Não um palrador canino como os políticos humanos e os dirigentes de organizações internacionais.

Não tardaram um ou dois anos para que nenhum cão das redondezas se acercasse das suas presas escondidas e os mais fracos adoptavam uma atitude de submissão que lhes permitiam viver em paz com a sua prole.

Era uma arma única, que fazia tremer toda a canzoada da região, mesmo quando alguns deles se uniam para o atacar. 

E essa arma letal era o meu melhor amigo. 

Está sepultado na quinta que foi dos meus avós e ainda hoje é lembrado pela sua dureza na serrania, no concelho onde vivemos e onde espero voltar brevemente.


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O João Pestinha foi e é um exemplo para todos os “cães” que muito ladram, mas não sabem morder – ladram muito e mordem mal, como dizem os nossos últimos pastores serranos – e podem acabar por sofrer e morrer pelo poder de resposta de um animal extraordinariamente ágil e destemido.

Alguém os devia ensinar em linguagem adequada, que a provocação só é eficaz quando se tem poder, força e coragem, e que essa mesma provocação, se pouco eficiente, apesar de persuasiva para os estultos, pode conduzir à morte que todos querem evitar. 


Mas um dia todos teremos de morrer…


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José Maria Alves


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quarta-feira, 27 de abril de 2022

TORNA-TE UM CIENTISTA CLIMÁTICO EM 30 MINUTOS - PAUL BECKWITH

 

TORNA-TE UM CIENTISTA CLIMÁTICO EM 30 MINUTOS

VÍDEOS E TEXTO 

PAUL BECKWITH







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O cientista em Ciência Climática Paul Beckwith é professor a tempo parcial no laboratório de paleoclimatologia e climatologia, Departamento de Geografia, Universidade de Ottawa. 

Paul ensina climatologia e meteorologia e pesquisa as mudanças climáticas abruptas no passado e no presente. 


Paul, em dois vídeos, procura num curto espaço de tempo – cerca de 30 minutos –, ensinar-nos a compreender o clima e as suas implicações, ou seja o que está a acontecer neste momento no nosso planeta com o auxílio de um excelente programa, como teremos oportunidade de ver.   


A tradução foi realizada pelo blogue alterações climáticas e é um auxílio para os que queiram estudar a matéria constante dos vídeos.



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PARTE I


Torna-te num Cientista Climático em 15 Minutos, Parte 1/2




Olá! O meu nome é Paul Beckwith, da Universidade de Ottawa, do Laboratório de Paleoclimatologia. Hoje, nos próximos 15 minutos, vou ensinar-vos, basicamente, como se podem tornar num cientista do clima, usando um óptimo software. 

Se pesquisarem no Google “earth nullschooll” ou

https://earth.nullschool.net/ 

poderão obter o que vêm aqui na tela e irei guiar-vos através dela, e deixar-vos determinar o que está a acontecer com o nosso planeta. 

Então, esta é a tela principal, earth.nullschool.net. Se apenas clicar em “terra” isso abre os menus. Primeiro de tudo, para o que é que estamos a olhar? Se quiser descobrir para o que está a olhar, basta clicar em “earth” e isso dá-lhe a latitude e a longitude, e neste caso temos os ventos, a 60 km por hora, e dá-lhe a direcção dos ventos. Então, o que se pode fazer? Pode-se arrastar a Terra à volta e olhar de diferentes pontos de vista. Portanto, isto está a observar uma vista do Árctico, por exemplo, e em seguida, irá actualizar após alguns segundos. Pode usar a roda do rato para fazer zoom-in e zoom-out e quando se aumenta o zoom aumenta a resolução, assim podem olhar para regiões específicas e continuar a arrastar e ver o que acontece. 

Estas áreas vermelhas, o que é que está a acontecer lá, perto da Gronelândia? Basta clicar sobre elas e pode ver-se que os ventos são mais fortes lá; no verde mais claro os ventos são mais fracos, nesta cor verde-amarelada os ventos são mais fortes. 

Então, é assim que se navega, basicamente, à volta do planeta, olhando para qualquer ponto que se deseje. 


Agora, como é que se vai mudar o menu? 

Clica-se em “earth”, que controla tudo. Se quiser obter mais informações sobre o que está a medir pode clicar em “about” e obtém-se esta imagem aqui, e pode fazer-se scroll para baixo e diz-lhe que esta é uma visualização das condições meteorológicas globais, projectada por supercomputadores, actualizada a cada três horas. As correntes de superfície do oceano são actualizadas a cada cinco dias, etc … Pode ir para baixo obtendo informações sobre quem está a fazer …, quem criou o software, as fontes de dados de onde vêm, o computador hospedeiro das informações, informações sobre os níveis de pressão, 1000 hectopascais (hPa), isto é a cerca de 100 metros (m), condições próximas do nível do mar. O importante são os 250 (hPa), é muito importante; é onde as correntes de jato estão, sobe-se para a estratosfera e assim por diante; à medida que se sobe a pressão diminui. Também se pode obter informações sobre todos os outros parâmetros, como a forma como as ondas são medidas, a concentração de CO2, aerossóis, etc.

Toda a informação está nesta página. 

Para voltar, clicar em “earth” outra vez o que nos traz de volta ao globo. Agora, vamos passar por alguns dos menus e ver o que existe, primeiro que tudo. Também informa que estamos a olhar para o vento na superfície, diz-nos a data em que os dados são recolhidos; então, é basicamente em tempo real. Hoje são 7 de Abril, diz-lhe 20:00 hora local. São dados da GFS, dados da Global Forecast System, do US National Weather Service, do National Center for Environmental Prediction

Estamos a olhar para os dados de agora e pode ir-se para trás ou para a frente, Então, se formos aqui, que é o dia antes, vêm, ele faz scroll para o dia antes, e podemos continuar a rolar para voltar um dia inteiro. Se se clicar na seta menor volta-se atrás uma hora, e pode desligar-se a animação do vento e apenas vemos esta imagem, ou pode ligar-se a animação. Assim, as cores, os níveis, sobressaem mais quando se tem a animação desligada. Pode ver-se o ar, o oceano, a química e partículas, e estas são as altitudes na atmosfera, logo, se queremos olhar para a corrente de jato, por exemplo, vamos para os 250 (hPa), que são 250 milibares, e é essa a altitude das correntes de jato. 

Se simplesmente clicarmos em “earth”, outra vez, desligamos o menu, e podemos ver o que está a acontecer com o jet-stream. Assim, se formos para a América do Norte, por exemplo, e olharmos para o que os jatos estão a fazer, podemos ver a imagem da América do Norte por baixo e podemos ver o que está a acontecer com a ondulação dos jatos. As correntes de jato movem-se de uma forma zonal de Oeste para Este e isso é por causa da rotação da Terra. As coisas desviam-se para a direita no Hemisfério Norte, então, o ar que se move para cima desde o Equador desvia para a direita, concentra-se a uma altitude de 11 km, em média, e obtemos o jet-stream. Podemos ver o jato a dividir-se em duas passagens aqui, e isto é uma grande calha aqui, esta é uma grande crista aqui, então o ar seco e quente sobe para a crista aqui há ar mais estável, de alta pressão, quente, e obtém-se ar frio e baixas pressões tempestuosas nas calhas da corrente de jato. Assim, a corrente de jato é como uma barreira entre o ar frio do Árctico e o ar mais quente e húmido mais a Sul. Pode-se se diminuir o zoom aqui, pode ver o que o jato está a fazer; a corrente está muito ondulada, distorcida e fragmentada. Estamos agora na estação de transição, entre o Inverno e o Verão no Hemisfério Norte. 

O Árctico está extremamente quente. Como vemos a temperatura? Podemos ver a temperatura, clicando em “earth”, indo a “ar”, olhando para a superfície, olhando para a temperatura aqui. Então isto está a mostrar a temperatura, e pode verificar isso, pode clicar sobre estas áreas. Está muito frio nas áreas roxas, mas vejam este ar quente vindo aqui para cima, então, isto são 6,2 graus Celsius (°C), acima de zero, indo para cima direitinho para o Árctico, e pode relacionar tal facto com a corrente de jato. Se se voltar à superfície, vento, pode ver-se…, não se pode ver muita coisa a acontecer ali, os jatos estão a fazer reviravoltas aqui. Mas geralmente pode relacionar essas excursões com o local onde o jato está, talvez por isso o ar quente…, pode ver-se ar quente a ser arrastado aqui para cima, atravessando aqui. Isto é o que está a acontecer agora, poderia ter sido arrastado até lá um pouco mais cedo e é por isso que está particularmente quente naqueles lados. Há muitos outros factores aqui, pode ir para cima meio caminho através da atmosfera, cerca de 500 milibares. Então, pode fazer muitas coisas com o ar. Pode também ter diferentes pontos de vista, e então, se formos aqui, podemos ver a Terra nesta visão expandida aqui. Assim consegue ver os jatos claramente aqui, pedaços que saem do jato, e pode ver como estão muito fracturados e divididos, que está a tornar-se mais e mais normal; se quiserem, no nosso período de mudança climática brusca para um planeta muito mais quente. Há muita luta de puxões a acontecer entre o ar quente e o frio. 

Há também outros pontos de vista por onde podem olhar que são muito estranhos e esquisitos, não são usados com muita frequência, mas apenas para saberem que estão lá, projecções diferentes, por exemplo, são usadas dependendo do que se está a analisar, mas, principalmente, vamos apenas usar este aqui, que é muito útil, e a projecção sobre um plano 2D, e aqui é o globo, que eu prefiro. Estas sobreposições: vento, temperatura, humidade relativa, se não estiverem seguros do que são, mantenham o rato sobre eles. Densidades instantâneas de energia eólica — quanta energia existe nos ventos. Água Precipitável Total; basta passar com o rato para obter a leitura. Água Total nas Nuvens, pressão média ao nível do mar. Isto é algo chamado de Índice de Miséria, que combina temperatura e humidade. Portanto, se o Índice de Miséria for alto, obviamente, não vão querer ficar lá fora muito tempo

Vamos dar uma olhada no que está a acontecer no oceano. Então, se eu clicar em “Ocean” aqui, e olharmos para as correntes, e olharmos para a temperatura da superfície do mar, isso dá-nos a temperatura dos oceanos, Então, pode ver que o El Niño ainda está a acontecer aqui no Pacífico, a água quente está aqui mas está a espalhar-se; este costumava estar tudo roxo. Como sabemos? Podemos voltar atrás no tempo. Ao irmos aqui e apenas clicando aqui atrás e voltamos no tempo; então, são 5 dias mais cedo, 5 dias antes disso, vamos continuar a voltar um pouco atrás e pode ver como a temperatura da superfície do mar está a mudar. Na realidade, é muito mais claro se se olhar para a anomalia da temperatura de superfície do mar. Esta é a temperatura do oceano neste dia e hora em particular, e é a anomalia em relação ao que seria normalmente, a média a longo prazo. Consegue-se ver esta área, é 2,6° C mais quente do que o normal. E se se voltar atrás um pouco mais pode ver a água quente, de modo que o El Niño estava muito mais forte no início do ano, pode ver que há muito mais amarelo, estava muito mais quente e voltamos atrás, e tem enfraquecimento em força, e tem vindo a espalhar-se…, sim, aqui vamos nós, então, está muito, muito forte, OK? Estamos apenas a voltar aos dias anteriores, e por isso estamos a ver um El Niño muito poderoso aqui. Toda esta área até 3,5 graus mais quente do que o normal. O que é interessante é que pode ver também aqui no Pacífico Norte, pode ver que há alguma água fria aqui, isto é água quente, temos uma mancha de água quente aqui, a qual contribuiu para a seca da Califórnia. E se formos para a frente no tempo, podemos ver o que está a acontecer e, na verdade, esta água fria que está a sair do Estreito de Bering está a infiltrar-se no Pacífico, em grande medida, e está de facto a expandir-se em área e expandindo a região que ela abrange. Estou apenas a clicar; estamos no 23 de Fevereiro. Podemos ver isto a ficar maior. Então, podemos fazer um monte de, tipo, fazer perguntas e tentar respondê-las para vermos o que está a acontecer ao longo do tempo na Terra. OK? E então, assim que encontrarem alguma coisa interessante…, olhem para esta água fria aqui. Isto está quase 3 graus mais frio do que o normal e ainda há água muito quente aqui em cima ao longo da costa e ainda temos este forte El Niño em curso. E vamos continuar aqui …, em Março …, lembrem-se, a cada 5 dias é actualizado, e pode ver a extensão desta …

Aqui vamos nós, os dados mais recentes. Então, temos água muito fria a sair e temos a água muito quente do El Niño que se está se espalhar para latitudes mais altas e mais baixas à medida que o ciclo do El Niño se aproxima do final. Vamos olhar para outra região do planeta. Vamos olhar para esta mancha fria no Oceano Atlântico, a sul da Gronelândia, e vamos ver como isso evolui ao longo do tempo. Então, isto é onde estamos agora. Se tentarem ir para a frente no tempo, ele diz que “não há dados”, então não há dados para esse dia. O último dia que temos dados é de há alguns dias atrás. Então, vemos a Corrente do Golfo muito quente a atravessar-se aqui, 7 graus mais quente do que o normal, existem algumas áreas aqui que estão a 10 graus, podem expandir e encontrá-las, mas também vemos esta colisão da água quente da Corrente do Golfo e temos a água fria proveniente de…, descendo através do Estreito de Nares, deste lado da Gronelândia; também temos água fria chegando aqui, e temos alguma água quente aqui, que creio ser proveniente de rios…, parece estar a atravessar, na verdade consegue-se voltar atrás e ver de onde está a vir. Então, vamos dar uma olhada, vamos começar a recuar um pouco. Então, se voltar no tempo…, olhem para esta água aqui. Há um choque… Olhem para esta água aqui; este é um segmento muito frio, 7,2°C mais frio que o normal, e aqui temos água que está 8 graus mais quente que o normal, praticamente, e 7 graus. Então, de facto encontrei uma área onde estava 10 graus mais quente do que o normal, de modo que é uma diferença de 17 graus. Há esta mancha de água fria, e de onde é que isso veio? Bem, é água que está a descer daqui e depois foi cortada pela corrente do golfo.


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PARTE II


Torna-te num Cientista Climático em 15 Minutos, Parte 2/2




Tive que estender os 15 minutos para 30 minutos. O que estava a mostrar era…, isto são as correntes do oceano, e a anomalia da temperatura de superfície do mar. E isto é a data, foi a 3 de Abril, há alguns dias atrás. O que podem ver é a Corrente do Golfo a vir em força através do Atlântico Norte e podem ver que há água fria a descer desde o Árctico, isto é através do estreito de Nares a oeste da Gronelândia; também há água fria a descer pelo estreito de Fram, e esta água atravessa o oceano, e aliás temos duas águas a passar: a Corrente do Golfo muito quente, e a água muito fria do Árctico, e elas colidem aqui, e é por isso que obtemos muita estrutura aqui. Se olhar para esta região em particular, a anomalia é de -10.2°C mais frio do que o normal, apenas nessa região, enquanto mesmo ao lado estão quase cerca de +8° C. Isto é uma enorme diferença de temperatura

Podem ver esta estrutura aqui, como se houvesse uma batalha entre a água fria do degelo do Árctico, a colidir com a água quente. Podemos ir atrás no tempo e ver como este padrão se desenvolveu, e esta mancha fria se está a tornar uma característica permanente nos últimos tempos, e é preocupante porque significa que as correntes do oceano no Atlântico inteiro estão a reajustar-se. Mostrei no vídeo anterior como elas estavam a mudar igualmente no Pacífico. Se clicar aqui posso ir para trás para os dados anteriores. Então, isto é a 29 de Março e podemos segui-lo à medida que vamos para trás. São cerca de 5 dias de diferença em cada nova imagem; estamos a ir atrás no tempo e o que podemos ver é como a batalha se está a desenrolar entre as águas frias e quentes. E então, a Corrente do Golfo aqui está muito poderosa. Elas quase que se cortam uma à outra num ângulo de 90 graus, nesta luta de puxões. Vamos um pouco mais para trás. 

Por favor pesquisem Earth nullschool, e abram esta ferramenta.

Trouxemos este menu para cima ao clicar em Earth. Seja lá onde for que cliquem no mapa, mostra-vos a latitude e longitude, e mostra a velocidade da corrente do oceano, neste caso, e a direcção, e a anomalia da temperatura, dependendo daquilo que se selecciona. 

Clicamos em Earth para trazer o menu novamente e vamos atrás no tempo um pouco mais aqui, e ver o que acontece. O que se pode ver é a variação à medida que voltamos atrás. Agora estamos no início do ano e vemos uma anomalia da temperatura muito muito quente na Corrente do Golfo, e durante toda a estação do Inverno temos tido esta água a sair do Árctico e a mancha fria aqui, e estão numa batalha as duas. Vamos dar uma olhada e ver.

Nalguns vídeos mais antigos falei da destruição do recife de coral na Austrália. Temos a Austrália aqui. Agora, o recife de coral, a grande barreira do recife estende-se nesta distância enorme ao longo da linha costeira aqui. Então, vamos fazer zoom nesta região e ver o que se passa com a anomalia da temperatura de superfície do mar. Ok, vamos pô-lo grande, zoom in. Talvez grande demais, vamos tentar isto. Então isto é o início do ano. Isto é a 14 de Janeiro, e agora vamos voltar ao presente, em aumentos de 5 dias, e pode ver a anomalia da temperatura de superfície do oceano, o azul é mais frio que o normal, apenas ligeiramente mais frio que o normal, aqui ligeiramente mais quente do que o normal. Não acontece muita coisa aqui. Há alguma água quente aqui…, 1.1° C. Se a água ficar demasiado quente ou demasiado fria, então os pólipos, o plâncton simbiótico, o zooplâncton que vive no coral numa relação simbiótica com os pólipos, eles desaparecem se a água estiver demasiado quente ou demasiado fria, e o coral fica branqueado pois eles contêm a cor, eles dão ao coral as cores vivas e vibrantes que vemos, e então quando desaparecem, o coral torna-se branco e fica debilitado, e se o zooplâncton voltar, se a temperatura da água voltar ao normal e eles voltarem em algumas semanas, então o coral pode reavivar. Neste momento o coral está em risco de vida uma vez que várias regiões do recife de coral estão lixiviadas. Vamos ver porque fica esbranquiçado. Vamos avançar no tempo aqui, e podemos ver a mudança na temperatura. Olhem para esta água aqui. A água tornou-se muito quente lá pelo final de Janeiro. Continuando. Podemos ver a água quente a atravessar. Há alguma água mais fria, alguma mais quente; vou simplesmente andar mais um pouco. Aqui vamos nós. Entre meados e final de Fevereiro tivemos todo este amarelo, com água a 2° C, 2,5° C acima do normal, a descer em vastas áreas do recife, e neste lado aqui, e isto começa realmente a stressar o coral. Vamos continuar a avançar. E então, a água mantém-se quente, desce um bocadinho mas mantém-se quente, e começa a aquecer outra vez, especialmente nas regiões mais a norte, e pode ver o que acontece. Isto está em tamanho grande agora, e vemos que a água manteve-se quente durante um período de tempo prolongado. Aqui está, isto é outra vez 2,5° C. Tipo um par de graus mais quente do que o normal. Logo, o coral está próximo de um limiar a partir do qual vai ficar danificado. E ainda está muito quente, está quente em diferentes zonas, mas esperemos que arrefeça e dê ao coral uma oportunidade de recuperar. Talvez esteja a acontecer, vai ser como atirar uma moeda ao ar. Está estimado que após 50% do coral estar esbranquiçado, ele vai morrer. E o recife de coral é um dos maiores pontos ecológicos do planeta, da maior importância, é basicamente a floresta tropical do oceano, e estamos a vê-lo a morrer perante os nossos olhos por causa do aquecimento global abrupto

Então, que mais podemos ver. Temos alguma química. Isto é o CO e o CO2 à superfície. No Hemisfério Sul, vamos afastar-nos um bocadinho, e podemos ver como os níveis variam com a latitude. Aqui em baixo estamos com cerca de 400 partes por milhão, numa média global de 406 ppm ou assim. Podemos ver áreas aqui que estão com um pouco menos. Vamos subir para outras latitudes. Isto é subir sobre a Ásia; claro que há fontes de poluição aqui, das cidades mais importantes. 

Isto é óxido de carbono, que está muito mais alto, e também o dióxido de enxofre que está muito mais alto.

 

Vou voltar ao Dióxido de Enxofre. Se subirmos até ao Árctico podemos ver que os níveis lá não estão tão altos como sobre as partes da Ásia. O SO2 é muito importante porque produzimos muito SO2 a partir de processos industriais, de centrais energéticas e assim. Podemos ver as áreas de industria pesada que produzem muito SO2, pontos quentes sobre os quais podemos fazer zoom e assim. 

A coisa com o Dióxido de Enxofre é que quando está na atmosfera, pode reflectir a luz solar e causar arrefecimento naquela zona, logo, esta é uma das coisas que, basicamente, causam escurecimento global, e se removêssemos todo o SO2, desligando a indústria de um dia para o outro removíamos o SO2, e aqueceríamos. É discutível o quanto aqueceríamos; talvez meio grau, talvez um grau, só por esse meio. Então, estamos a fechar centrais energéticas que são à base de carvão, e também precisamos de fazer o mesmo para o petróleo, precisamos de ir em direcção a fontes renováveis, mas vamos obter algum aquecimento por estarmos a remover o cobertor de SO2, estamos a limpar o ar e vai haver aquecimento resultante disso, e não o podemos evitar, mas não temos escolha. Temos que fazer isto. Há também informação sobre partículas aqui. Podemos ver o que está a acontecer. Isto é a Extinção de Pó; quando há muito pó no ar, isso vai bloquear a luz e o aumento na quantidade de bloqueio está representado nestas cores.



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Sobre a Sexta Extinção em Massa no Planeta ou Extinção em Massa do Antropoceno veja-se o blogue

A Sexta Extinção em Massa e o Fim da Humanidade



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quinta-feira, 21 de abril de 2022

DESTRUIÇÃO DA HUMANIDADE – GUERRA BIOLÓGICA – GUERRA NUCLEAR – SÉTIMA EXTINÇÃO EM MASSA

 




Em 2016 Stephen Hawking alertou para quatro eventos que poderiam destruir a humanidade. Referiu-se expressamente a eventuais Extinções causadas pelo próprio Homo Sapiens e não às causas naturais que conduziram a pelo menos cinco grandes extinções em massa e inúmeras extinções menores, nomeadamente como a ocorrida acerca de 65 milhões de anos atrás pelo impacto de um meteoro, que extinguiu os dinossauros.

Hawking foi na minha perspectiva demasiado optimista temporalmente, quanto a uma eventual extinção em massa – mil ou dez mil anos –, quando já tínhamos factos que indiciavam uma catástrofe provocada pelo ser humano e pelas suas actividades. 


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1) INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL




Se o homem conseguisse criar máquinas que tivessem o dom de pensar por si mesmas, isso poderia gerar uma ameaça à nossa existência como espécie.

Como veremos, não vamos ter tempo para criar máquinas que pensem como nós.

Estamos mais no domínio da ficção do que da realidade.


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2) GUERRA NUCLEAR




Com o aumento do número, poder e eficácia das armas nucleares e face à natureza do homem esta hipótese terá de ser sempre considerada.




A extinção total ou parcial da humanidade será sempre proporcional à intensidade do conflito.

No entanto, é um tipo de guerra onde não haverá vencedores nem vencidos. Daí ser o armamento nuclear mais uma arma de dissuasão do que propriamente de utilização em conflitos regionais ou globais.


Vivemos há data um conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a postura das nações demonstra que todos querem evitar um conflito nuclear, que para ocorrer terá de ser consequência directa de circunstâncias anómalas – não as vou mencionar porque não quero ferir susceptibilidades.





A própria Rússia acaba de confirmar a existência no seu arsenal de um novo míssil balístico intercontinental, capaz de ultrapassar todos os meios modernos de defesa antimíssil: o Sarmat, que nas palavras de Putin fará os inimigos do Kremlin pensar duas vezes, por inexistência actual e nos próximos tempos, de arma mais poderosa.

E sem margem para dúvida, que as novas armas russas alteram completamente o cenário traçado entre a NATO e a FEDERAÇÃO RUSSA, bem como as “simulações” de guerra nuclear existentes - ver vídeos infra.

A Rússia pode vir a utilizar mísseis de tecnologia desconhecida, que iludem todos os sistemas de anti-mísseis existentes, atingindo os EUA com uma facilidade que ninguém imaginaria. Mísseis que podem transportar entre 10 a 16 ogivas nucleares 50X mais potentes do que a bomba de Hiroshima, tendo capacidade para destruir um país como a França.

De qualquer modo, a melhor “equação” para definir uma guerra nuclear não deixa de ser:

1+1 =0   


A menos que algum líder – pode ou não ser Putin –, sabendo que a extinção da nossa espécie pode ocorrer em poucas décadas e que a sua vida está a findar, por morte natural ou pela mencionada extinção, queira arrastar consigo os restantes seres para um holocausto que, quando muito, ficará inscrito nos registos geológicos do planeta até à sua extinção definitiva, que deve ocorrer dentro de cinco mil milhões de anos – com um elevado número de mortos numa primeira fase e com o provável extermínio da espécie causado pelo impacto ambiental em poucos anos.


Vejam-se os vídeos que se seguem, simulações de um conflito nuclear entre a Rússia e a Nato –


 






O conflito nuclear apenas aceleraria a Extinção em Massa do Antropoceno, como veremos no ponto 4 deste artigo. 


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3) VÍRUS CRIADOS POR ENGENHARIA GENÉTICA




Esta é uma das situações que me ocorre há décadas.

Os vírus e as bactérias podem ser criados em laboratórios, alguns difíceis de detectar, e por negligência ou intencionalmente podem ser disseminados por todo o planeta, exterminando a humanidade praticamente no seu todo.

Um cientista ou grupo de cientistas, pertencentes ou não a organizações extremistas, caso tenham acesso a um vírus altamente transmissível e de elevada mortalidade, podem operar uma destruição superior à de uma guerra nuclear. 


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4) O AQUECIMENTO GLOBAL




Em bom rigor não necessitamos das três primeiras hipóteses de Stephen Hawking.

Estamos no meio da Sexta Extinção em Massa ou Extinção em Massa do Antropoceno, que levará em décadas à extinção da maioria das espécies, incluindo o homem.




Os seus argumentos são os conhecidos. Mas é interessante realçar a sua analogia de uma Terra aquecida com Vénus. Algo que poderá acontecer, mas muito depois de toda a vida ter desaparecido da face da Terra, e obviamente a própria humanidade, causa e vítima de toda esta catástrofe ambiental.




Sobre a Extinção em Massa do Antropoceno vejam-se os nossos artigos no blogue –

A SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO NOSSO PLANETA – O FIM DA HUMANIDADE


Em especial –

O primeiro

SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA – O ANTROPOCENO


e o último artigo -

O FIM DA HUMANIDADE - EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO - A SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA



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Estamos perto de desaparecer pelas nossas próprias mãos. De desaparecer num curto espaço de tempo e não em milhões de anos como aconteceu nas anteriores grandes extinções em massa.

Os sábios nunca governarão as nações e os líderes, governantes e outros senhores da Terra estão a arrastar a humanidade para a extinção em massa de um grande número de espécies no planeta, entre as quais a nossa, enquanto nos “beijam” para obter os nossos votos e subserviência.

Estamos a um passo do FIM DA HUMANIDADE.





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José Maria Alves


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sexta-feira, 15 de abril de 2022

PRINCÍPIO DE PETER – LEI DE PARKINSON


A BUROCRACIA FRAGILIZA OS ESTADOS E É A ALAVANCA DA BAIXA PRODUTIVIDADE E DE DECISÕES CATASTRÓFICAS




Ortega e Gasset, décadas antes de L. J. Peter, em 1969, ter enunciado aquele que ficou conhecido como Princípio de Peter, escreveu:

“Todos os funcionários públicos deveriam retroceder ao nível imediatamente abaixo do seu, dado que foram sendo promovidos até se tornarem incompetentes."


Segundo o denominado Princípio de Peter, numa determinada hierarquia, em qualquer tipo de organização, cada funcionário tende a ascender até ao seu nível de incompetência.

Quando atinge o seu nível de incompetência, mantém-se nessa categoria – o Peter’s plateau.

Imaginemos, pois, governos, organizações internacionais, autarquias, empresas, geridos por incompetentes…


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No ano de 1955, Cyril Parkinson formulou um princípio, que veio a ser apelidado de Lei de Parkinson.

Esta lei diz-nos que a burocracia se expande da mesma forma que os gases, ou seja, tanto quanto lhe for possível.

Por efeito da burocracia os funcionários tendem a multiplicar os subordinados, mesmo que a quantidade de trabalho seja a mesma ou até quando diminui.

Os trabalhadores que já não querem fazer o seu trabalho, porque se sentem incapacitados para o fazer ou que por mera preguiça lhes não apetece fazê-lo, têm à sua disposição – directa ou indirectamente – três mecanismos de que se podem socorrer. Podem demitir-se, partilhar o trabalho com um colega ou fazer com que sejam contratados dois subordinados. É evidente que as duas primeiras soluções não são as que melhor se adequam aos seus interesses de progressão na carreira, optando pela terceira.

Deste modo, o trabalhador passa a executar um terço do trabalho que lhe estava destinado podendo progredir na carreira sem que ninguém possa concorrer com ele.

No entanto, os subordinados que passaram a executar dois terços do trabalho do seu chefe que ascendeu a um cargo superior na pirâmide do seu emprego, público ou privado, vão também fazer os possíveis para que sejam contratados dois subordinados para cada um deles.

As tarefas que começaram por estar atribuídas a um só trabalhador estão agora divididas por seis.


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Analisando em conjunto os dois princípios – Peter e Parkinson –, verificamos que este é um elemento chave para que uma nação – como Portugal e muitas outras do 2º Mundo B – ou organização tenham um fraco índice de produtividade, principalmente ao nível do Estado, e para além disso uma gritante e generalizada incompetência.


Como é que incompetentes preguiçosos, arrogantes, incultos e gananciosos podem dedicar as suas vidas aos problemas mais urgentes da sociedade ou da humanidade, como o da distribuição da riqueza e o ambiental?


Muito especialmente a este último, que nos está a conduzir a uma EXTINÇÃO MASSIVA, a Extinção em Massa do Antropoceno.

 

O que acontece, porque como dizia Gregório de Matos, o homem honesto é pobre, o ocioso triunfa e o incompetente manda. 


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José Maria Alves


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terça-feira, 12 de abril de 2022

O EXPERIMENTO DE SOLOMON ASCH – SOMOS UM REBANHO?

 




Solomon Asch, na década de 50 do século passado, realizou uma experiência em que pretendia avaliar a conformidade social em função da influência de um grupo ou de uma maioria. Nada a que não estejamos habituados a assistir.


PROTOCOLO (Sintetizado) - 

O protocolo experimental tinha como intervenientes cinco indivíduos – a experimentação foi realizada com cinco a oito pessoas –, dos quais quatro colaboravam no experimento.




Asch reuniu-os numa sala, sem que o último indivíduo, verdadeiro objecto do experimento tivesse qualquer conhecimento do que se iria passar e de quem eram na realidade os restantes quatro indivíduos.




O experimentador exibia aos participantes dois cartões impressos. 

Um com três linhas de diferentes comprimentos (A,B e C), enquanto no outro estava impressa uma linha com o mesmo comprimento da linha (C) do primeiro cartão.

O experimentador questionava os participantes da experiência, começando pelos quatro colaboradores da mesma e deixando para último o quinto, ou seja o que desconhecia os pormenores daquela, qual a linha que tinha uma correspondência em dimensão – altura.   


Vejamos:

O experimentador dá indicações a todos os participantes do tipo de experiência psicológica que está a realizar.

Mostra o cartão com as três linhas e seguidamente o cartão que tem apenas a linha padrão.

A correspondência é evidente. 

O experimentador começa por questionar os quatro “colaboradores” quanto à dita correspondência. Estes dão sequencialmente a mesma resposta, mas que não é a correcta.

O quinto indivíduo, verdadeiro objecto da experiência, fica atónito, sem saber se é ele ou os outros em conjunto, que estão com problemas de percepção. 

A experiência é repetida com os mesmos indivíduos e com algumas alterações.


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Com uma simples experiência, Asch conseguiu investigar a influência da maioria e a mencionada conformidade. 


Asch questionou-se:

- Até onde podem as forças sociais alterar a opinião das pessoas?

- Qual é o aspecto da influência do grupo mais importante, a dimensão da maioria ou a unanimidade de opinião?


Quais as situações sociais que impulsionam um indivíduo a opor-se ou a conformar-se com as decisões do grupo onde está inserido, quando este exprime um juízo completamente contrário às evidências, alterando a sua percepção e julgamento dos factos?


Muitos estudantes quando confrontados com a experiência manifestaram insegurança.

Mesmo que algumas pessoas nunca se tenham conformado, três em cada quatro pessoas fizeram-no pelo menos uma vez. 

Asch confirmou que 37% das respostas dadas eram ajustadas ou confiavam nas respostas dos demais. 

É certo que em 63% das vezes os sujeitos da experiência não se conformaram.


A experiência veio demonstrar que a maioria dos indivíduos tende para uma apreciação correcta da realidade, mesmo quando o grupo onde está inserido não o faz. Mas a minoria dos que se conformaram preocuparam severamente Asch.


O facto de pessoas jovens, inteligentes, bem-intencionadas e formadas, sem que obtenham qualquer vantagem ou retribuição em troca, estejam resolvidas a dizer que é preto o que é branco é uma situação preocupante. 

E se pelo menos 75% dos sujeitos se conformarem e derem uma resposta visivelmente desacertada pelo menos uma vez?

Então o que pode acontecer com pessoas menos jovens, pouco inteligentes e com uma formação deficiente?




Parece que somos “programados” para nos conformarmos com situações, mesmo naquelas em que todos os que nos rodeiam parecem estar ou estão errados, tal como um rebanho.


O experimento de Asch levanta inúmeras questões.

Pensemos na nossa vida social, conformando-nos a um determinado grupo para que não fiquemos “sós”, a ideias que repudiamos, e na forma como elegemos os candidatos em democracia.



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 José Maria Alves


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