Existem três tipos de vírus causadores de gripe: o A, o B e o C. Estes vírus comumente denominados por Influenza, são nomeados pelas letras H e N – nomenclatura que advém de duas das suas proteínas, ou seja, a hemaglutimina e a neuraminidase, que estabelecem contacto com as células.
A Gripe Suína, que também tem sido apelidada de Gripe Mexicana ou Nova Gripe e, agora por Gripe A (H1N1), é uma patologia infecto-contagiosa provocada por uma variante do vírus influenza A, H1N1, que susceptibiliza os pulmões a infecções tais como a pneumonia.
Dos diversos tipos de H e N, apenas alguns surgem no homem, v.g., o H1, H2, H3, e N1 e N2 – atente-se que os restantes de uma panóplia de 16 de H e 9 de N, são em regra, encontrados nos patos, que podem ser classificados como o “ reservatório natural do influenza A”.
É certo, que o vírus do tipo A se constitui como o que mais afecta o ser humano. Estando constantemente a sofrer mutações, tal facto implica o seu não reconhecimento pelo sistema imunitário.
O vírus H1N1 aqui em apreço deriva de duas “cepas” suínas – a europeia e a asiática -, parecendo conter além daquelas, o ADN típico de vírus dos tipos aviários e humanos.
O vírus da gripe suína não escolhe em especial crianças, idosos e indivíduos com um sistema imunológico deficitário para desferir os seus ataques. Aloja-se nas células de jovens, que têm em regra um sistema imunitário eficiente. E será porventura esta, a sua maior semelhança com a Gripe Espanhola de 1918, que também afectou um sem número de jovens.
O vírus da gripe espanhola terá derivado directamente para o homem, dos patos, sem a influência mutacional do vírus humano. Mas, apesar de ser um H1N1, tem variantes bem marcantes relativamente à Gripe dos Suínos ou Gripe A – a gripe espanhola de 18 é uma estirpe da gripe aviária, que ficou conhecida como pneumónica e terá feito bem mais de 50 milhões de mortos.
Se o H5N1 – vírus da Gripe Aviária – não é em regra transmitido entre humanos, já o mesmo não ocorre com o da Gripe Suína, cuja transmissão pode derivar do contacto com animais portadores ou entre seres humanos.
Nunca será de mais realçar, que a Gripe Suína tem como consequência um enfraquecimento do aparelho respiratório, ou melhor, dos próprios pulmões, conduzindo a pneumonias que em casos pontuais podem ser letais.
No entanto, se a prevenção urge, o alarmismo excessivo apenas conduzirá a um agravamento da pandemia, porquanto, no nosso entender, tanto o medo excessivo quanto o pânico irracional são dois dos maiores inimigos do homem no inevitável combate que tem de travar continuamente com as múltiplas agressões a que se encontra naturalmente sujeito.
E, em bom rigor, temos conhecimento de que não é este o primeiro surto de gripe suína. No ano de 1976, em Fort Dix, nos Estados Unidos da América, cerca de 500 soldados foram infectados, comprovando-se radiologicamente pneumonia em quatro deles. Apenas um dos soldados terá falecido...
Perguntamo-nos neste momento qual o estado de alerta mundial? No dia 27 de Abril, a OMS fixou o nível de alerta pandémico no grau 4 – considerando a transmissão entre o ser humano e a elevada possibilidade de surtos localizados, para além de se poder prever uma disseminação incontrolável e uma evolução imprevisível da doença.
Hoje, dia 30 de Abril, o grau de alerta é o 5. E amanhã?
Se a linhagem do vírus da Gripe Suína é resistente a vários fármacos, parece ser susceptível ao “Tamiflu” – e quem terá acesso a este “Tamiflu”? Por outro lado, a vacina utilizada no tratamento da “gripe vulgar”, poucos efeitos produzirá contra este tipo de vírus – de momento não dispomos de nenhuma vacina para este tipo de gripe, nem sabemos quando a mesma estará disponível.
SINTOMAS
Os sintomas são similares aos da gripe vulgar:
- Febre – aparecimento repentino na maior parte dos casos;
- Fadiga;
- Estado mais ou menos depressivo;
- Dores no corpo – dores intensas nos músculos e nas articulações;
- Tosse;
- Dor de cabeça;
- Fluxo nasal;
- Irritação ocular; e por vezes
- Diarreia e vómitos.
A sua CONTAMINAÇÃO, também é idêntica à da gripe vulgar.
PREVENÇÃO GERAL
Neste contexto, a população deve privilegiar a prevenção, agindo com toda a diligência necessária. No entanto, não se deve deixar arrastar por alarmismos pouco escrupulosos, geradores de pânico irreflectido.
Como normas gerais de prevenção destacamos, nomeadamente:
- Lave bem as mãos, com a frequência necessária, muito especialmente depois de ter cumprimentado outra pessoa ou caso tenha tocado em objectos que possam estar contaminados;
- Se espirrar proteja os outros usando a mão, que deverá lavar logo após ou com um lenço de papel que deverá inutilizar. Proteja-se dos espirros de outrem;
- Evite locais fechados, pouco arejados e muito frequentados. Tenha especial atenção a todos os que possuam ar condicionado – os vírus têm um período de vida mais longo, se em local seco e frio;
- Não tenha medo, melhor, evite o medo patológico, entrando em estado de pânico – o que apenas propiciará a progressão da epidemia;
- Não receie comer carne de porco – ou seus derivados – desde que cozinhada à temperatura de 70º Celsius - esta temperatura aniquila o vírus.
DA PREVENÇÃO HOMEOPÁTICA
Como já anotámos, quer a prevenção quer a confiança, serão os dois factores mais relevantes para o extermínio de uma pandemia cujos efeitos podem não ser tão devastadores como se preconiza.
Neste particular, a Homeopatia, tem ou poderá ter um inestimável papel, caso as instituições e seus dirigentes, mais do que tolerância apresentem a necessária abertura de espírito.
Assim, durante o período epidémico, cada indivíduo deverá tomar semanalmente, de uma só vez, 15 grânulos ministrados sublingualmente – deixando que se dissolvam lenta e naturalmente na boca – cerca de ¼ de hora antes ou ½ hora depois das refeições, do seguinte medicamento homeopático:
ANAS BARBARIE 200 K - diluição korsakoviana.
DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO
Declarada que esteja a gripe, “vulgar” ou não, tomar 5 grânulos do mesmo medicamento de 4 em 4 horas, durante três dias, sem omitir o tratamento imposto pelo médico de família ou assistente – médico alopata.
As tomas devem começar a ser espaçadas em função das melhorias.
O medicamento ANAS BARBARIE 200K, em grânulos, pode ser facilmente adquirido no Brasil, bem como em praticamente todos os países europeus.
Em Portugal, pode adquirir-se dos laboratórios Boiron, o OSCILOCOCCINUM, seguindo-se as indicações de prevenção e tratamento aconselhadas na embalagem - este medicamento encontra-se à venda em praticamente todas as farmácias.
O tubo contém cerca de 80 grânulos e tem um custo muito baixo – a homeopatia é, contrariamente ao que se pretende incutir nos pacientes, uma medicina de baixo custo desde que conscientemente exercida.
É um medicamento homeopático – sem contra-indicações significativas, podendo inclusivamente ser ministrado conjuntamente com a medicação alopática – com uma patogenesia clínica estabelecida por Chavannon, Bon Hoa e Julian, e que tem sido eficaz no combate às mais violentas cepas de gripe.
Nos casos particulares de gripe declarada, o quadro sintomático poderá impor a inelutável prescrição de um outro medicamento homeopático, atenta a lei fundamental da similitude, não se olvidando aqui a doutrina do genius epidemicus.
Nesta sede, veja-se neste blogue o artigo GRIPE - TRATAMENTO HOMEOPÁTICO, utilizando o pesquisador do blogue ou o VERBETE no fim da página do mesmo blogue » GRIPE - PREVENÇÃO - TRATAMENTO - SEQUELAS e, ainda, em
www.homeoesp.org
LIVROS ONLINE » REPERTÓRIO CLÍNICO (POR PATOLOGIAS) » item Gripe
E,
ARTIGOS » HOMEOPATIA » MATÉRIA MÉDICA DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
Para todos os que desconhecem ou conhecem rudimentarmente a Arte Homeopática da Cura, aconselha-se a leitura no mesmo site, de alguns dos artigos de homeopatia dele constantes.
No que toca à fabricação de diluições korsakovianas por um método expedito – o que poderá interessar essencialmente a todos os que trabalham em zonas desfavorecidas, nomeadamente missionários, e não dispõem de recursos financeiros – veja-se
www.homeoesp.org
LIVROS ONLINE » A CURA PELA ISOPATIA
PNEUMONIA
Anexamos para o caso de aparecimento de uma pneumonia, um protocolo de tratamento, que se tem revelado bastante eficaz – voltamos a advertir que nada do que neste artigo ficou explanado substitui a intervenção do médico de família ou do especialista:
CHELIDONIUM 6 DH, 2 gotas ou 2 grânulos de 3 em 3 horas.
Alternando com o dito CHELIDONIUM,
HEPAR SULFUR 6 CH, 5 gotas também a cada 3 horas.
As tomas devem ser espaçadas em função das melhorias.
Numa pneumonia resistente, ou seja, de difícil resolução, poderá ministrar-se MERCURIUS 12 DH.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org/