o velho pavilhão
chinês enche-se de memórias
os longos cabelos
ao vento do crepúsculo
desposam o
sorriso róseo de teus lábios
usarás para
sempre as tranças da infância?
há uma distância
que me separa da tua inocência
onde nem o mais
puro desejo derruba fronteiras
talvez voltes um
dia a preencher os meus dias
no sono
eternizado de poemas lavrados no coração
êxtase de uma noite
em quietude sem estremas
um amor para além
das palavras dos gestos
do estulto tempo das
exigências humanas