Este é um alerta sério. Tão sério que poucos o irão “escutar” até ao fim.
Por tal motivo, tudo fizemos para pouco escrever. Iríamos encher páginas em branco com o que já está escrito ou dizer o que já foi dito por especialistas.
É um tema que merece ser analisado e ponderado com diligência e prudência, muito em especial na ausência do medo psicológico, porque onde há medo não pode haver liberdade ou verdade. Diz respeito à nossa vida, à nossa morte e à morte da própria humanidade. Morte que se transformou num verdadeiro tabu. Falar da morte não é agradável nem de bom-tom; afugenta os nossos elegantes interlocutores ou ouvintes.
Aterrorizamo-nos com a perda do que temos e do que somos, fazendo de uma única morte uma tragédia e da de milhões uma mera estatística.
O homem vive num mundo por si criado.
Vivemos num mundo canibalesco.
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Esse homem que é o mais cruel de todos os animais à superfície da Terra, que se destrói e tudo o que se atravesse no seu trilho de sobranceria e ganância, transformou o planeta num inferno a caminho da inabitabilidade, matando e maltratando os da sua espécie e tudo o que o rodeia, por prazer ou por ambição.
Florestas, rios, oceanos, animais precederam-no, mas são os desertos que se lhe vão seguir.
Diariamente provocamos a extinção de 200 espécies.
A humanidade tem o seu fim à vista.
O planeta Terra está moribundo. Temos sido ingratos com a “casa” que habitamos e agora teremos de sofrer as consequências.
Poucos são o que falam deste tema com a atenção necessária. Poucos querem enfrentar a morte como um facto real e inevitável, já o dissemos, principalmente quando estão em causa os seus interesses financeiros.
Quando olho o mundo, minado de miséria, de ausência de caridade e compaixão, de violência, lembro-me das palavras de S. Jerónimo (345-420): “Vivemos como se fossemos morrer amanhã; mas construímos como se tivéssemos de viver sempre neste mundo. As nossas paredes fulgem de ouro, como os nossos tectos e os capitéis das nossas colunas; mas Cristo morre às nossas portas, nu e faminto na pessoa dos seus pobres.”
Quer queiramos quer não, o mundo somos nós e nós o mundo. Krishnamurti focou-o nas Nações Unidas no ano de 1984:
“Somos esta sociedade que criámos e, enquanto cada um de nós não se transformar radicalmente, não haverá paz na terra, apesar de todas as religiões, de todas as instituições.”
Ou mudamos, cada um de nós em nós mesmos, ou as guerras, a fome, as epidemias, a exploração desenfreada dos recursos naturais, a extinção das espécies e do próprio planeta não irão terminar até que desapareça da face da terra o último dos humanos.
É em nós que começa a verdadeira revolução da consciência e devemos fazê-lo já, neste preciso momento, ainda que a morte do planeta para a vida esteja irremediavelmente anunciada como consequência do aumento descontrolado de dióxido de carbono e de metano na atmosfera.
Neste pequeno vídeo, os figurantes divertem-se inocentemente.
Julgo que desconhecem por completo o terrífico significado da sua acção.
O permafrost está a desaparecer e quantidades imensas de metano irão sendo libertadas para a atmosfera “envenenando-a”.
O mesmo está a acontecer nos oceanos.
Eis outro pequeno divertimento, tão assustador quanto o precedente. Um espectáculo tenebroso.
Ouçamos agora a voz dos cientistas.
Comecemos por Guy Mcpherson.
É muito importante que o escutemos sem preconceitos, independentemente do espírito crítico que nunca nos deve abandonar em questões tão vitais para a raça humana como esta.
O aquecimento global está descontrolado.
Desde a revolução industrial que os níveis de dióxido de carbono e de metano ultrapassaram os limites do razoável.
Há vários cientistas que apontam os anos da década de 40 como aqueles em que podemos acabar com a maior parte do habitat para os humanos – e isto, sem que entrem em conta com a libertação massiva do metano.
Já despoletámos a "arma dos clatratos".
Dióxido de carbono e metano são os factores destrutivos. Desde 1974 até ao momento presente, em apenas 43 anos, aumentámos brutalmente os níveis dos dois gases.
Em qualquer momento podemos ser surpreendidos por um fenómeno que os cientistas apelidam de "arroto do metano".
Em qualquer momento podemos ser surpreendidos por um fenómeno que os cientistas apelidam de "arroto do metano".
Já entrámos na sexta grande extinção no planeta. Não nos podemos queixar. Somos incompetentes, ávidos de poder, fama e riqueza, ignorantes que se julgam donos e senhores de um mundo que acabará por nos “engolir” com os nossos sonhos hedonistas e consumistas.
Seremos tragados como os nossos deuses: o poder e o ouro.
Quantas décadas para o fim?
Duas, três? Quatro na melhor das hipóteses?
Ouçamos agora a prestigiada cientista russa Natalia Shakhova quanto ao risco de uma fuga abrupta do metano na plataforma do Ártico Siberiano Ocidental.
Nós estamos convictos de que o aquecimento global descontrolado está em vias de causar a extinção dos humanos, não sem que antes tenha causado múltiplas calamidades no planeta.
Estamos a destruir o nosso planeta e as suas espécies.
Volto a questionar-me sem que queira aparentar ser mais um dos profetas da desgraça:
Quantas décadas para o fim?
Duas, três? Quatro na melhor das hipóteses?
Não sabemos.
Saibamos viver. Só quem aprendeu a viver o eterno agora pode compreender a morte. Revolucionemos a nossa consciência aprendendo a conviver serenamente com a morte e com as catástrofes que lhe estão associadas. A vida e a morte não estão separadas.
Essa a nova religiosidade que se impõe a cada um de nós – uma revolução definitiva na consciência que começa aqui e agora e não amanhã ou num qualquer futuro mais ou menos distante.
O tempo escasseia e é cruel, demasiadamente cruel.
No entanto, é importante que cada um investigue por si. Que com uma visão lúcida aprofunde o problema, valorizando-o ou não.
O ASTERÓIDE NT7 e outros -
O ASTERÓIDE NT7 e outros -
Temos sido inundados por teorias da conspiração, de desastres apocalípticos – como o asteróide NT7 que alguns afirmam que vai cair na terra em Fevereiro de 2019… - e as mais variadas profecias de tantos falsos profetas, de religiões e seitas sem escrúpulos.
Não necessitamos de buscar a Verdade. Ao buscarmos a não-verdade pode acontecer que a Verdade se manifeste.
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