Um estudioso da espiritualidade, autor de numerosos livros e artigos, ouviu falar de um homem santo que vivia algures no Himalaia e era considerado um liberto-vivo.
Sentiu uma enorme necessidade de o conhecer. Nos tempos actuais, apenas existiam relatos e ensinamentos escritos de tais seres. Conhecer um, ainda em vida, seria facto notável.
O investigador encetou longa jornada, e encontrou o santo à entrada de uma gruta, sentado debaixo de frondosa árvore.
Não se contendo, começou de imediato a interrogá-lo, após breve apresentação:
“Diz-se que o senhor é um liberto-vivo. Antes de atingir este estado, tinha momentos de depressão e angústia, momentos em que tudo lhe parecia não ter sentido, em que a existência se apresentava como algo absurdo?”
O liberto-vivo, com afável sorriso, disse:
“É evidente, tal como acontece com todos os seres humanos.”
Volveu o investigador:
“E neste momento, tendo atingido a libertação, ainda tem momentos em que a depressão o acometa?”
O santo respondeu:
“Evidentemente, como a toda a gente. Mas, agora, isso não tem qualquer importância para mim.”
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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