Um discípulo, disse:
“Mestre, ensinas que Deus está no nosso interior. Mas, como pode a vastidão, o incomensurável, estar no que é limitado pelo espaço-tempo?”
“Vai ao Ganges e traz-me um litro de água”, pediu o Mestre.
Quando o discípulo trouxe a água, o Mestre disse:
“Esta não é a água do Ganges!”
“Como assim, Mestre, claro que é, fui eu mesmo que a recolhi?!”
“Mas, onde estão os peixes, as tartarugas, os fieis que nele se banham, os monges que fazem abluções e os cadáveres que arrasta? Nada disto vejo nesta água. Vai e atira-a ao Ganges.”
Quando o discípulo regressou, o Mestre disse:
“Agora, o teu litro de água misturado com a água do rio contém tartarugas, peixes e tudo o que antes não tinha. Essa é verdadeiramente a água do Ganges.”
JOSÉ MARIA ALVES
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