Perguntou o discípulo ao Mestre:
“Qual foi o teu caminho para a Verdade, para o Absoluto?”
“Quando como, como; quando repouso, repouso”, respondeu o Mestre.
“Mas, Mestre, isso todos nós fazemos, mesmo os que na vida não têm aspirações para além das que os bens materiais alimentam.”
“Não, não é como dizes. Essa gente de que falas, quando come tem o seu espírito absorvido por múltiplas questões, por futilidades, e quando dorme, vagueiam no seu cérebro universos imaginários. Por isso, quando comem não se limitam a comer e quando dormem não se limitam a dormir.
Eu, quando estou a comer, estou realmente a comer e quando durmo estou realmente a dormir.
É esse o meu caminho para a Verdade”, finalizou o Mestre.
JOSÉ MARIA ALVES
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