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ARTE

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SEM PERDÃO





Brame mar
Tu que arrastas as folhas soltas
Nas marés vivas da morte

Ruge mar
Às doces estrelas
Da madrugada silente

Esbraceja
Ensanguentado
Ao piedoso Céu

À vida que ceifaste
Pela chama de tuas mãos
No corpo que amava

Posso amar-te
Mas perdoar-te não


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