"DINHEIRO DEBAIXO DO COLCHÃO"
DESSE - empresa inovadora
A
DECO afirma que as aplicações realizadas nos bancos em Portugal "significam
perder dinheiro", considerando que "em 10 bancos é preferível"
colocá-lo "debaixo do colchão". -
análise efectuada pela revista Proteste Investe.
Para salvar os bancos, os portugueses já contribuíram com cerca de 12 mil milhões de euros. Os bancos e uma "tropa fandanga" que os gere, quantas vezes em proveito próprio e dos seus "amigos".
Desde o ano de 2007 a ajuda pública ao sector financeiro equivale sensivelmente a 7,3% do PIB.
BPN, BES, BPP, capitalização da CGD - que andou por aí a absorver perdas de outros bancos e instituições financeiras.
E agora o BANIF em que o Estado fica com cerca de 3 mil milhões "empatados". Provavelmente bem mais de 85% deste montante recairá nas "costas" dos contribuintes.
Já vamos em 15 mil milhões de euros e ainda nos faltam as perdas astronómicas com o Novo Banco.
Tudo culpa de quem? Governos, políticos, banqueiros, Banco de Portugal?... Não, dizem eles!
Então, não sendo de ninguém, que seja minha, já que profetizo novas "fandanguices"...
Para salvar os bancos, os portugueses já contribuíram com cerca de 12 mil milhões de euros. Os bancos e uma "tropa fandanga" que os gere, quantas vezes em proveito próprio e dos seus "amigos".
Desde o ano de 2007 a ajuda pública ao sector financeiro equivale sensivelmente a 7,3% do PIB.
BPN, BES, BPP, capitalização da CGD - que andou por aí a absorver perdas de outros bancos e instituições financeiras.
E agora o BANIF em que o Estado fica com cerca de 3 mil milhões "empatados". Provavelmente bem mais de 85% deste montante recairá nas "costas" dos contribuintes.
Já vamos em 15 mil milhões de euros e ainda nos faltam as perdas astronómicas com o Novo Banco.
Tudo culpa de quem? Governos, políticos, banqueiros, Banco de Portugal?... Não, dizem eles!
Então, não sendo de ninguém, que seja minha, já que profetizo novas "fandanguices"...
Pessoalmente, face à falta de confiança na governação e no sistema bancário,
sugiro que guardemos as nossas economias em cofres alugados nos bancos.
Sugiro
ainda que algum investidor crie um cofre-forte colectivo onde mediante
remuneração os depositantes possam usufruir de toda a segurança possível na
guarda das suas poupanças, evitando assim a depreciação ou perda do capital – quem sabe, um óptimo negócio…
(permitam-me a ironia).
***
Perguntam-me
alguns amigos que conhecem o meu trabalho na net – e são muito poucos, já que a maioria dos meus leitores e “pacientes”
não são portugueses -, porque não me apuro a escrever mais sobre política,
justiça e finanças públicas, sendo as duas últimas a minha especialidade de
dezenas de anos, e não a Homeopatia a que me dediquei algo tardiamente – para além de outras ciências ou matérias que
desde sempre fizeram parte dos meus interesses culturais.
Mas,
em bom rigor, editei no início do ano de 2012, um texto escrito em finais de
2011,
que
gerou alguma polémica e vozes discordantes nalguns meios, tendo sido apreciado
como extremamente “pessimista” por alguns especialistas – cujos nomes não irei mencionar por se tratar de considerações que me
foram feitas pessoal e respeitosamente. Esse estudo foi escrito quando os
então governantes, parlamentares e partidos no poder apregoavam aos ventos da
ignorância o fim da crise num prazo de dois anos; pessimista segundo uns, pouco
realista segundo outros, era assim que o rotulavam.
Aí
alertámos para a mentira crónica e manifestamente dolosa dos dirigentes políticos. Declarámos
com a solenidade possível, estar o país num “beco sem saída”, dando os
primeiros passos numa crise de longa duração. A morte do Estado Social. Estimámos
em três décadas o período de crise muito antes do FMI na pessoa da Senhora
Lagarde ter admitido uma crise de duas décadas e o erro sobre o efeito de
veneno letal da austeridade em países como a Grécia e Portugal. Senhora Lagarde
que já preconizava um novo sistema bancário para obviar à futura falência dos
bancos na zona euro.
Exortámos
os governantes a olvidar os interesses partidários e pessoais, enfrentando a
realidade e advertindo com honestidade os eleitores da verdadeira crise.
Infelizmente
as nossas previsões confirmaram-se à revelia do pensamento mais optimista dos
nossos colegas e críticos – no melhor dos
sentidos da palavra.
Governado por “ignorantes, incompetentes, estúpidos e vigaristas”, o povo mais não tem sido do que "uma prostituta que se vende por baixo preço".
E
quer queiramos quer não, quando terminar a recessão terá perdido 30 anos de
direitos e salários.
Hoje,
voltam as promessas e com elas as usuais mentiras.
Sucedem-se
as “falências” bancárias. A confiança nas instituições e no investimento está
minada, a desmotivação dos trabalhadores obsta à produtividade. Quando
questionamos potenciais investidores, que ainda pautam a sua conduta pela integridade
e pela ética, sobre a eventual aplicação produtiva de capitais neste pobre
país, recebemos invariavelmente a mesma resposta: “nesta terra nem um cêntimo…”
E
agora fala-se abundantemente de confiança e investimento, como quem fala do
tempo que faz, da chuva e do sol…
Portugal
um dos países mais pobres da União Europeia, que o continuará a ser e com a pobreza
a aumentar.
“Portugal é o país da Europa com mais dirigentes políticos e económicos na
prisão, condenados a cumprir pena, com pena suspensa, à espera de recurso ou
julgamento, arguidos, com termo de identidade e residência, com pulseira
electrónica, sob investigação criminal… Primeiro-ministro, ministro, secretário
de Estado, deputado, líder de grupo parlamentar, banqueiro, empresário,
secretário-geral de ministério, director-geral, presidente e vice-presidente de
instituto, subdirector geral, chefe de polícia, dirigente de serviços de
informação, presidente da câmara, vereador… De todos estes cargos há pelo menos
um, às vezes dois ou três exemplos vivos.” (António Barreto, A Justiça Oculta,
no DN)
As
polícias estão minadas, as magistraturas denegridas, os serviços de espionagem
e de informações andam às avessas e prosseguem fins eticamente reprováveis, o
segredo de justiça é uma anedota generalizada, os processos arrastam-se pelos
tribunais e pelos órgãos de investigação criminal… Nunca se viu um país onde
grassa uma multidão de crimes de corrupção, de branqueamento de capitais e de
evasão fiscal com um número tão reduzido de condenados…
Um
país onde se sucedem as “quedas” dolosas ou negligentes dos bancos, arrastando
consigo depositantes e contribuintes.
São
tantos os exemplos de políticos medíocres, desprezíveis e corruptos, que
desconhecem os caminhos trilhados pelos governantes da Nova Zelândia e dos
países nórdicos, entre outros, optando antes por um comportamento terceiro-mundista.
Portugal
não é confiável.
Para
a maioria dos portugueses o sistema bancário é algo que se apresenta com
roupagens de insegurança.
Quererá
alguém de bom-senso investir neste país?
Quantos
não irão acorrer aos bancos para retirar as suas poupanças face às “falências”
sucessivas?
Valerá
a pena colocar as poupanças nos bancos ou pelo menos nalguns deles?
-
A DECO tem a resposta.
Continuamos
num BECO SEM SAÍDA.
As gerações futuras estão endividadas com capital e juros de um sistema corrupto e degradante, gerido por banqueiros e políticos medíocres e bastas vezes "criminosos".
O rácio da dívida pública ronda os 130% do PIB, um dos maiores da Europa, e nesta crise quem sabe o que ainda nos poderá acontecer...
As gerações futuras estão endividadas com capital e juros de um sistema corrupto e degradante, gerido por banqueiros e políticos medíocres e bastas vezes "criminosos".
O rácio da dívida pública ronda os 130% do PIB, um dos maiores da Europa, e nesta crise quem sabe o que ainda nos poderá acontecer...
A
política e os políticos não são tema que me agrade. Quase que faço minhas as
palavras de Lobo Antunes – ele, um dos
maiores escritores da língua portuguesa, que mo permita, a mim, que
relativamente ao seu génio serei um mero aprendiz. Realmente escrever sobre
políticos não é nada difícil. “Mas são tão reles que me enojam. Tinha de tomar
banho após escrever.”
A
política é constituída por homens sem ideais e sem grandeza (Camus), onde nada
é tão admirável quanto uma memória curta (Galbraith) e onde a maioria do povo,
por estulta, incorre sempre nos mesmos erros, já que é da natureza dos
políticos “enganar”: ou seja, dizer ao povo soberano que não irão roubar se
forem eleitos (Bierce). Os nossos políticos têm sempre um programa extraordinariamente
simples e compreensível: como Mussolini “querem governar”, e governar a todo o
custo, tendo por “segredo” profissional a mentira. São uma praga, com a
vantagem de se oferecerem a um povo que decide sobre o que não entende e que tem o que merece. Povo sem memória
que chega a acreditar infantilmente em milagres que nem a própria religião tem
a audácia de prometer.
Profissão
para a qual não é necessário ter nenhuma preparação especial, bastando ser-se “falso
e ranhoso” (Marco Aurélio).
Poderemos
acreditar-nos nas suas boas intenções?
Podemos confiar no sistema financeiro? Até quando?
Para além dos 15 mil milhões de euros quantos milhões não irão ainda recair sobre os pobres contribuintes?
Podemos confiar no sistema financeiro? Até quando?
Para além dos 15 mil milhões de euros quantos milhões não irão ainda recair sobre os pobres contribuintes?
Eu
prefiro manter as minhas poupanças a salvo…
E
a contragosto escrevi sobre políticos e banqueiros.
Não
me apetece escrever mais nada.
Quero
apenas tomar um banho prolongado; um banho de imersão com sal.
Apenas
um banho…
2 comentários:
Bom dia caro Dr. José Alves,
grato pela sua honestidade, incisão e verticalidade.
De facto o que escreveu eu não o teria escrito melhor.
As fandanguices vão continuar até ao dia que mudarmos de consciência, aí sim a corrupção em Portugal pára.
Bom ano 2016 e continue a escrever que eu gosto muito de ler o que aqui coloca na sua bela página.
Bem haja.
Abraço
Fernando Silva
Bem Haja pelas suas palavras, Caríssimo Senhor Fernando Silva.
Esperemos que os anos nos tragam uma "novíssima democracia".
Não gostaria de "deixar" este mundo sem assistir a uma verdadeira revolução.
A Revolução das Consciências.
Mas, pessimista - ou realista... -, estou certo de que tal não ocorrerá em tão breve vida.
Aceito-o. Um pouco entristecido e contrariado, mas aceito-o.
Um abraço fraterno.
JMA
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