SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA
O ANTROPOCENO
O GRANDE PROBLEMA DAS NOSSAS VIDAS
UMA EMERGÊNCIA MUNDIAL
O cidadão comum tem o direito de saber o que está a acontecer no planeta que habita.
É bem possível que muitos não queiram ler ou ouvir alguns dos cientistas que apontam a curto prazo uma catástrofe apocalíptica no planeta que habitamos.
Também não é matéria que interesse, quer a governos quer à comunicação social – não capta votos nas urnas e não é lucrativa.
No ano de 2017 editámos um artigo neste blogue com o título:
PLANETA TERRA - A EXTINÇÃO DA HUMANIDADE
Aí escrevemos a título introdutório:
“Este é um alerta sério. Tão sério que poucos o irão escutar até ao fim.
Por tal motivo, tudo fizemos para pouco escrever. Iríamos encher páginas em branco com o que já está escrito ou dizer o que já foi dito por especialistas.
É um tema que merece ser analisado e ponderado com diligência e prudência, muito em especial na ausência do medo psicológico, porque onde há medo não pode haver liberdade ou verdade. Diz respeito à nossa vida, à nossa morte e à morte da própria humanidade. Morte que se transformou num verdadeiro tabu. Falar da morte não é agradável nem de bom-tom; afugenta os nossos elegantes interlocutores ou ouvintes.
Aterrorizamo-nos com a perda do que temos e do que somos, fazendo de uma única morte uma tragédia e da de milhões uma mera estatística.”
Do mesmo modo, buscaremos ser tão sucintos quanto possível, guardando para momento posterior um estudo aprofundado, dirigido aos que se preocupam seriamente com este problema, que é afinal o “grande problema da nossa vida”, conscientes de que entre 2017 e o momento que vivemos pouco ou nada foi feito para minimizar o impacto de uma SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA.
Estamos a sofrer as consequências dos erros terríveis de um capitalismo selvagem cometidos há cerca de 40 anos, enquanto os erros de hoje se irão repercutir irreversivelmente em 2060. Até lá, a Terra e os seus habitantes estarão cada vez mais expostos à fúria dos elementos e a inúmeras calamidades que poderemos minimizar, mas não emendar.
Até os mais optimistas consideram que estamos à beira de um aquecimento global catastrófico descontrolado.
ESTAMOS A MEIO DA SEXTA GRANDE EXTINÇÃO.
MUITOS SÃO OS ECOSSISTEMAS QUE VÃO RAPIDAMENTE COLAPSAR AMEAÇANDO GRANDE PARTE DA VIDA NA TERRA.
Pelos nossos cálculos 2040 será muito provavelmente um marco decisivo…
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A Terra, porventura, encontra-se no meio da SÉTIMA EXTINÇÃO EM MASSA.
Acreditámos durante anos que estávamos na Sexta Extinção em Massa, mas um artigo publicado na revista Historical Biology, em 5 de Setembro de 2019, veio apontar a existência de um evento de extinção em massa anteriormente desconhecido.
Veja-se;
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/08912963.2019.1658096
Daí que, alguns cientistas, denominam o actual evento de extinção em massa como EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO – se bem atentarmos estamos perante uma extinção causada pelo próprio homem e pelo seu modus vivendi, em especial por via da actividade desenvolvida a partir da Revolução Industrial.
Não obstante, por uma questão prática e de comunicação, continuaremos a referir-nos à Sexta Extinção em Massa.
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Os principais gases de efeito estufa de vida longa são o dióxido de carbono, metano - cerca de 80 vezes mais poderoso como gás que retém calor do que o dióxido de carbono - e o óxido nítrico.
Os níveis de metano sobre o Oceano Árctico são superiores aos de qualquer outro lugar na Terra, causados em parte pelo aquecimento da água dos oceanos.
Por outro lado, os Oceanos estão a tornar-se ácidos ameaçando grande parte das espécies.
A temperatura no Norte de África já está a aumentar.
Os glaciares do Quilimanjaro, que constituíam a fonte de numerosos cursos de água essenciais às populações daquela zona, estão reduzidos a cerca de 80% comparativamente às primeiras medições datadas de 1912.
Poucas são as regiões do planeta que têm evitado a seca nos últimos anos. Na Sibéria e no Alasca têm ocorrido inúmeros incêndios.
As florestas desaparecem. Espécies inteiras extinguem-se a um ritmo nunca antes observado. As calamidades e catástrofes naturais sucedem-se.
Teremos passado o limiar do ponto de não-retorno sobre o aquecimento global e não podemos reverter os seus efeitos, quando muito poderemos minimizá-los.
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Os vídeos que editamos serão elucidativos e podem poupar-vos um texto demasiadamente longo.
Para consultar vários artigos sobre CIÊNCIAS CLIMÁTICAS, EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO ou SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NA TERRA, veja -
https://gaia-o-fim-da-humanidade.blogspot.com/
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Lembremos as palavras-aviso de Fidel de Castro na ECO 92, há cerca de 30 anos.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – conferência de Chefes de Estado - também conhecida por Eco-92, foi realizada no Rio de Janeiro em Junho do ano de 1992, tendo como objectivo debater e solucionar os problemas ambientais e sociais causados pela destruição do planeta.
Um discurso profético que de nada valeu, mas vale a pena ouvir o que todos ouvimos nessa altura, aplaudido e logo esquecido.
O homem é o mais cruel de todos os animais à superfície da Terra, um superpredador, o “criador” privilegiado da sua própria extinção.
Florestas, rios, oceanos, animais precederam-no, mas são os desertos que se lhe vão seguir.
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É verdade que estamos todos preocupados com a possibilidade de uma guerra nuclear. Devemos estar preocupados com todas as guerras – não conheço nenhuma guerra onde existam vencedores e vencidos; “são todos vencidos”, incluindo o próprio planeta.
A corrida ao armamento transforma alguns Estados como a Rússia, os EUA e de certo modo a China, em perigos eminentes.
Os Senhores do Mundo, plenos de poder e isentos de sabedoria, não conseguem interpretar a sua efemeridade e a do próprio Homem.
Mas estes perigos, comparados com os que iremos enfrentar por via do aquecimento global e de outros actos irresponsáveis praticados pela humanidade, nada são:
Não existe "arsenal" mais perigoso, mais poderoso, do que a maléfica actividade que o homo arrogans tem exercido contra a Natureza.
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Guy McPherson, professor emérito da Universidade do Arizona, é um cientista americano e uma das maiores autoridades mundiais em mudanças climáticas abruptas. É reconhecido internacionalmente pelas suas palestras.
Os seus trabalhos incluem mais de uma dúzia de livros e centenas de artigos académicos. É conhecido pela ideia de “Extinção Humana Próxima (NTHE)”, um termo que criou quanto à probabilidade da extinção humana a curto prazo devido a interferência negativa do homem sobre o clima.
Alguns chamam-lhe eco-terrorista, outros anarquista… Será provavelmente um anarquista no sentido mais nobre da palavra, mas sem qualquer sombra de dúvida um dos cientistas mundiais mais bem informados quanto à SEXTA EXTINÇÃO.
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Algo com que sonho recorrentemente: “O SOPRO DO DRAGÃO”. “Sopro” que pode acontecer em qualquer momento…
O metano, de quem se espera uma libertação destruidora para o planeta no Árctico, que a ocorrer nos próximos anos desencadeará uma extinção em massa mais precoce do que as piores das previsões.
PERMAFROST – UMA BOMBA RELÓGIO NO ÁRCTICO
PERMAFROST – SIBÉRIA
METANO NO ÁRCTICO
METANO NA SIBÉRIA
METANO NO MAR
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CLIMA E AQUECIMENTO GLOBAL EXPLICADO AOS JOVENS
TORNA-TE NUM CIENTISTA CLIMÁTICO EM MENOS DE 30 MINUTOS
Nota - Este o site que é referido nos vídeos -
https://earth.nullschool.net/pt/
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As consequências da crise climática são multissectoriais e cada vez mais frequentes, intensas e graves.
Alguns exemplos:
- Temperaturas muito elevadas em determinadas zonas do planeta, tão elevadas que podem fazer sucumbir as espécies dessas mesmas zonas;
- Ciclones tropicais, furacões, chuvas torrenciais, alternando com períodos em que a pluviosidade é praticamente nula, dando origem a secas prolongadas e a inúmeros incêndios florestais, inclusivamente na Sibéria, Alasca e Canadá;
- Actividade sísmica;
- Aquecimento e acidificação dos oceanos, exterminando um grande número das espécies marinhas;
- Degelo e consequente subida do nível do mar; no Árctico o gelo do mar cobre apenas cerca de metade da área que cobria há 30 anos e daqui a cerca de 20 terá desaparecido completamente – daí o ano de 2040 ter um significado especial nos nossos cálculos.
- Inundações que vão atingir comunidades costeiras ou que vivem em regiões de baixa altitude;
- Um crescendo de doenças e da mortalidade humana – pandemias, epidemias, novos vírus, novas bactérias, bactérias resistentes, microorganismos que estão a ser libertados nalguns casos pelo degelo e pela destruição do permafrost;
- A maior destruição de ecossistemas de outras espécies – terrestres, de água doce e oceânicas - originando extinções em massa irreversíveis;
- Impactos hostis nos regimes humanos, incluindo no acesso à água e na produção de alimentos, na saúde e na qualidade global de vida das populações;
- Aumento exponencial das migrações originadas por motivos económicos e climáticos;
- Grandes dificuldades de adaptação na agricultura, na silvicultura, na pesca, energia e turismo – que são os sectores económicos mais expostos à crise climática;
- Um exponencial agravamento das crises humanitárias – fome, pobreza, carência dos mais elementares cuidados de saúde, etc.;
- Aumento de conflitos locais e internacionais, conduzindo em muitos casos a guerras, que afinal são uma constante na História do Mundo.
Daqui até à EXTINÇÃO, num curto espaço de tempo, será algo que nunca ocorreu nas demais extinções em massa, causadas por eventos naturais – cinco grandes extinções em massa, tendo ocorrido a última há 65 milhões de anos, levando nomeadamente à extinção dos dinossauros.
Um ANTROPOCENO com uma ou duas centenas de anos destruirá a espécie que o gerou.
Tudo indica que passámos o ponto de não-retorno quanto ao aquecimento global e que não podemos reverter os seus efeitos – num trabalho mais aprofundado poderemos documentar o que agora afirmamos sem que tenhamos indicado os estudos em que nos baseámos para não tornar o texto demasiado "pesado" e indicar quais as medidas a tomar para reduzir o impacto da SEXTA EXTINÇÃO, convictos que tal nunca ocorrerá pela inacção criminosa dos poucos mas poderosos, "Senhores da Terra".
2050 poderá ser a data em que podemos aguardar uma EXTINÇÃO QUASE EM MASSA DA HUMANIDADE.
Imagens como estas não existirão mais, pelo menos durante alguns milhões de anos, até que o planeta se consiga regenerar.
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“Uma erva daninha obteve inadvertidamente a capacidade de afectar directamente o seu destino e o da maioria das espécies deste planeta.”
SOMOS O AGENTE CAUSADOR E AS VÍTIMAS DA SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA.
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José Maria Alves
https://homeoesp.blogspot.com/