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ARTE

domingo, 27 de março de 2022

ANTROPOCENO - A SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA TERRA


SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA

O ANTROPOCENO


O GRANDE PROBLEMA DAS NOSSAS VIDAS

UMA EMERGÊNCIA MUNDIAL






O cidadão comum tem o direito de saber o que está a acontecer no planeta que habita.

É bem possível que muitos não queiram ler ou ouvir alguns dos cientistas que apontam a curto prazo uma catástrofe apocalíptica no planeta que habitamos.

Também não é matéria que interesse, quer a governos quer à comunicação social – não capta votos nas urnas e não é lucrativa.






No ano de 2017 editámos um artigo neste blogue com o título:


PLANETA TERRA - A EXTINÇÃO DA HUMANIDADE


Aí escrevemos a título introdutório:

“Este é um alerta sério. Tão sério que poucos o irão escutar até ao fim.

Por tal motivo, tudo fizemos para pouco escrever. Iríamos encher páginas em branco com o que já está escrito ou dizer o que já foi dito por especialistas.

É um tema que merece ser analisado e ponderado com diligência e prudência, muito em especial na ausência do medo psicológico, porque onde há medo não pode haver liberdade ou verdade. Diz respeito à nossa vida, à nossa morte e à morte da própria humanidade. Morte que se transformou num verdadeiro tabu. Falar da morte não é agradável nem de bom-tom; afugenta os nossos elegantes interlocutores ou ouvintes.

Aterrorizamo-nos com a perda do que temos e do que somos, fazendo de uma única morte uma tragédia e da de milhões uma mera estatística.”


Do mesmo modo, buscaremos ser tão sucintos quanto possível, guardando para momento posterior um estudo aprofundado, dirigido aos que se preocupam seriamente com este problema, que é afinal o “grande problema da nossa vida”, conscientes de que entre 2017 e o momento que vivemos pouco ou nada foi feito para minimizar o impacto de uma SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NO PLANETA.


Estamos a sofrer as consequências dos erros terríveis de um capitalismo selvagem cometidos há cerca de 40 anos, enquanto os erros de hoje se irão repercutir irreversivelmente em 2060. Até lá, a Terra e os seus habitantes estarão cada vez mais expostos à fúria dos elementos e a inúmeras calamidades que poderemos minimizar, mas não emendar. 

Até os mais optimistas consideram que estamos à beira de um aquecimento global catastrófico descontrolado.


ESTAMOS A MEIO DA SEXTA GRANDE EXTINÇÃO.

MUITOS SÃO OS ECOSSISTEMAS QUE VÃO RAPIDAMENTE COLAPSAR AMEAÇANDO GRANDE PARTE DA VIDA NA TERRA. 

Pelos nossos cálculos 2040 será muito provavelmente um marco decisivo… 


***


A Terra, porventura, encontra-se no meio da SÉTIMA EXTINÇÃO EM MASSA.

Acreditámos durante anos que estávamos na Sexta Extinção em Massa, mas um artigo publicado na revista Historical Biology, em 5 de Setembro de 2019, veio apontar a existência de um evento de extinção em massa anteriormente desconhecido.

Veja-se;

https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/08912963.2019.1658096


Daí que, alguns cientistas, denominam o actual evento de extinção em massa como EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO se bem atentarmos estamos perante uma extinção causada pelo próprio homem e pelo seu modus vivendi, em especial por via da actividade desenvolvida a partir da Revolução Industrial.


Não obstante, por uma questão prática e de comunicação, continuaremos a referir-nos à Sexta Extinção em Massa.



***


Os principais gases de efeito estufa de vida longa são o dióxido de carbono, metano - cerca de 80 vezes mais poderoso como gás que retém calor do que o dióxido de carbono - e o óxido nítrico.

Os níveis de metano sobre o Oceano Árctico são superiores aos de qualquer outro lugar na Terra, causados em parte pelo aquecimento da água dos oceanos.

Por outro lado, os Oceanos estão a tornar-se ácidos ameaçando grande parte das espécies.

A temperatura no Norte de África já está a aumentar.



Os glaciares do Quilimanjaro, que constituíam a fonte de numerosos cursos de água essenciais às populações daquela zona, estão reduzidos a cerca de 80% comparativamente às primeiras medições datadas de 1912. 

Poucas são as regiões do planeta que têm evitado a seca nos últimos anos. Na Sibéria e no Alasca têm ocorrido inúmeros incêndios.

As florestas desaparecem. Espécies inteiras extinguem-se a um ritmo nunca antes observado. As calamidades e catástrofes naturais sucedem-se.


Teremos passado o limiar do ponto de não-retorno sobre o aquecimento global e não podemos reverter os seus efeitos, quando muito poderemos minimizá-los. 


***

 

Os vídeos que editamos serão elucidativos e podem poupar-vos um texto demasiadamente longo.


Para consultar vários artigos sobre CIÊNCIAS CLIMÁTICAS,  EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO ou SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA NA TERRA, veja  - 


https://gaia-o-fim-da-humanidade.blogspot.com/



***


Lembremos as palavras-aviso de Fidel de Castro na ECO 92, há cerca de 30 anos.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento –  conferência de Chefes de Estado - também conhecida por Eco-92, foi realizada no Rio de Janeiro em Junho do ano de 1992, tendo como objectivo debater e solucionar os problemas ambientais e sociais causados pela destruição do planeta.

Um discurso profético que de nada valeu, mas vale a pena ouvir o que todos ouvimos nessa altura, aplaudido e logo esquecido.




O homem é o mais cruel de todos os animais à superfície da Terra, um superpredador, o “criador” privilegiado da sua própria extinção. 

Florestas, rios, oceanos, animais precederam-no, mas são os desertos que se lhe vão seguir.



Ver no YouTube


***


É verdade que estamos todos preocupados com a possibilidade de uma guerra nuclear. Devemos estar preocupados com todas as guerras – não conheço nenhuma guerra onde existam vencedores e vencidos; “são todos vencidos”, incluindo o próprio planeta.

A corrida ao armamento transforma alguns Estados como a Rússia, os EUA e de certo modo a China, em perigos eminentes.

Os Senhores do Mundo, plenos de poder e isentos de sabedoria, não conseguem interpretar a sua efemeridade e a do próprio Homem.

Mas estes perigos, comparados com os que iremos enfrentar por via do aquecimento global e de outros actos irresponsáveis praticados pela humanidade, nada são: 

  


Não  existe "arsenal" mais perigoso, mais poderoso, do que a maléfica actividade que o homo arrogans tem exercido contra a Natureza.

 

***


Guy McPherson, professor emérito da Universidade do Arizona, é um cientista americano e uma das maiores autoridades mundiais em mudanças climáticas abruptas. É reconhecido internacionalmente pelas suas palestras. 

Os seus trabalhos incluem mais de uma dúzia de livros e centenas de artigos académicos. É conhecido pela ideia de “Extinção Humana Próxima (NTHE)”, um termo que criou quanto à probabilidade da extinção humana a curto prazo devido a interferência negativa do homem sobre o clima.

Alguns chamam-lhe eco-terrorista, outros anarquista… Será provavelmente um anarquista no sentido mais nobre da palavra, mas sem qualquer sombra de dúvida um dos cientistas mundiais mais bem informados quanto à SEXTA EXTINÇÃO.










***


Algo com que sonho recorrentemente: “O SOPRO DO DRAGÃO”. “Sopro” que pode acontecer em qualquer momento…

O metano, de quem se espera uma libertação destruidora para o planeta no Árctico, que a ocorrer nos próximos anos desencadeará uma extinção em massa mais precoce do que as piores das previsões.



PERMAFROST – UMA BOMBA RELÓGIO NO ÁRCTICO






PERMAFROST – SIBÉRIA




METANO NO ÁRCTICO




METANO NA SIBÉRIA




METANO NO MAR






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CLIMA E AQUECIMENTO GLOBAL EXPLICADO AOS JOVENS











TORNA-TE NUM CIENTISTA CLIMÁTICO EM MENOS DE 30 MINUTOS






Nota - Este o site que é referido nos vídeos -

https://earth.nullschool.net/pt/



***


As consequências da crise climática são multissectoriais e cada vez mais frequentes, intensas e graves.

Alguns exemplos:

- Temperaturas muito elevadas em determinadas zonas do planeta, tão elevadas que podem fazer sucumbir as espécies dessas mesmas zonas;

- Ciclones tropicais, furacões, chuvas torrenciais, alternando com períodos em que a pluviosidade é praticamente nula, dando origem a secas prolongadas e a inúmeros incêndios florestais, inclusivamente na Sibéria, Alasca e Canadá;

- Actividade sísmica; 

- Aquecimento e acidificação dos oceanos, exterminando um grande número das espécies marinhas;

- Degelo e consequente subida do nível do mar; no Árctico o gelo do mar cobre apenas cerca de metade da área que cobria há 30 anos e daqui a cerca de 20 terá desaparecido completamente – daí o ano de 2040 ter um significado especial nos nossos cálculos.

- Inundações que vão atingir comunidades costeiras ou que vivem em regiões de baixa altitude;

- Um crescendo de doenças e da mortalidade humana – pandemias, epidemias, novos vírus, novas bactérias, bactérias resistentes, microorganismos que estão a ser libertados nalguns casos pelo degelo e pela destruição do permafrost;

- A maior destruição de ecossistemas de outras espécies – terrestres, de água doce e oceânicas - originando extinções em massa irreversíveis;

- Impactos hostis nos regimes humanos, incluindo no acesso à água e na produção de alimentos, na saúde e na qualidade global de vida das populações; 

- Aumento exponencial das migrações originadas por motivos económicos e climáticos;

- Grandes dificuldades de adaptação na agricultura, na silvicultura, na pesca, energia e turismo – que são os sectores económicos mais expostos à crise climática;

- Um exponencial agravamento das crises humanitárias – fome, pobreza, carência dos mais elementares cuidados de saúde, etc.;

- Aumento de conflitos locais e internacionais, conduzindo em muitos casos a guerras, que afinal são uma constante na História do Mundo.


Daqui até à EXTINÇÃO, num curto espaço de tempo, será algo que nunca ocorreu nas demais extinções em massa, causadas por eventos naturais – cinco grandes extinções em massa, tendo ocorrido a última há 65 milhões de anos, levando nomeadamente à extinção dos dinossauros.

Um ANTROPOCENO com uma ou duas centenas de anos destruirá a espécie que o gerou.


Tudo indica que passámos o ponto de não-retorno quanto ao aquecimento global  e que não podemos reverter os seus efeitos – num trabalho mais aprofundado poderemos documentar o que agora afirmamos sem que tenhamos indicado os estudos em que nos baseámos para não tornar o texto demasiado "pesado" e indicar quais as medidas a tomar para reduzir o impacto da SEXTA EXTINÇÃO, convictos que tal nunca ocorrerá pela inacção criminosa dos poucos mas poderosos, "Senhores da Terra".


2050 poderá ser a data em que podemos aguardar uma EXTINÇÃO QUASE EM MASSA DA HUMANIDADE.


Imagens como estas não existirão mais, pelo menos durante alguns milhões de anos, até que o planeta se consiga regenerar.












***


“Uma erva daninha obteve inadvertidamente a capacidade de afectar directamente o seu destino e o da maioria das espécies deste planeta.”


SOMOS O AGENTE CAUSADOR E AS VÍTIMAS DA SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA.





***



José Maria Alves


https://homeoesp.blogspot.com/


https://homeoesp.org/





2 comentários:

Pitanga Brasil disse...

Olá dr JMA!
Infelizmente ninguém quer saber se o nosso planeta terra está se degradando.
O consumismo acelera esse processo e as pessoas não têm interesse em mudar esse estilo de vida.
Pense que aqui no Brasil estão acostumados a comer carne de animal todo dia e à mínima menção da proposta da segunda sem carne já causa acaloradas discussões em salas debate da Internet.
Imagine agora em falar sobre controle de natalidade?
E esse vírus, será que não foi concebido para diminuir a população mundial?
Então, a menos que cada um se conscientize que somos todos um nesse planeta e o que eu faço de bom ou mal eu atinjo meu semelhante, não restará muita esperança para a humanidade.
E o planeta Terra se recuperará e todo o ciclo começará novamente.

JOSÉ MARIA ALVES disse...

Boa noite Amiga

Já não se trata de Esperança mas de uma cruel realidade.

Depois, talvez alguns milhões de anos, para além da crueldade a que os líderes deste mundo nos submeteram, aparecerão novas espécies - se melhores ou piores, não sabemos...

Um abraço fraterno.

JMA