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ARTE

terça-feira, 4 de novembro de 2008

FÁBULAS

As fábulas são lições de prudência e sensatez, que emigram como os povos. Nesse movimento incessante, adquirem, modificam e perdem caracteres e qualidades, sofrendo consequentemente múltiplas variações nas épocas.

Há quem refira Esopo como o “pai” das fábulas, mas antes dele, na Grécia clássica e noutras culturas mundiais a sua existência é evidente.

O Livro de Esopo, é um manuscrito do século XV, que foi encontrado numa biblioteca de Viena de Áustria, pelo etnógrafo Leite de Vasconcelos.

Posteriormente, um outro fabulário surgiu em Portugal, no ano de 1643, dado à estampa na cidade de Évora: o de Manuel Mendes da Vidigueira, “Vida e fábulas do insigne fabulador Esopo, de novo juntas e traduzidas com breves aplicações morais a cada fábula”.

A fábula erudita tem o seu início no século XVI, e são muitos os poetas portugueses e brasileiros, que se dedicaram à sua tradução e adaptação.

Um nome para além fronteiras logo se nos depara, quer pela sua eloquência quer pela escolha realizada no material existente: La Fontaine. Deste e da sua influência, avultam em território nacional dois nomes: Filinto Elísio e Bocage, que traduziram e imitaram as suas fábulas. No entanto, muitos outros o fizeram.
As fábulas de La Fontaine não conhecem fronteiras na sua divulgação, como as não conhecem no que às origens respeitam. Umas são oriundas de compilações orientais, outras gregas – v.g. de Esopo, Fedro – e outras árabes.
São antes de mais anónimas e num sentido ainda que restrito, património da humanidade.
La Fontaine, ao descrever o “carácter” dos animais, retractou indivíduos e a sociedade da sua época com as suas especificidades próprias, sem olvidar a prossecução dos interesses morais subjacentes às narrativas.

A nossa escolha, podendo não ser a mais acertada, intentará ser a mais atraente, prática e inteligível.

JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org

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