O Profeta Maomé presidia à oração da manhã numa mesquita, encontrando-se no meio dos presentes um Aspirante.
Maomé leu a passagem do Alcorão em que o faraó dizia ao povo:
- Eu sou o vosso Deus.
Face a tal blasfémia, o Aspirante indignou-se e falou bem alto no meio dos fiéis dizendo:
- Como é orgulhoso este “filho da puta!”.
Maomé absteve-se tranquilamente de fazer qualquer comentário. No entanto, a maioria dos presentes não cessavam de repreender e recriminar o pobre jovem pela sua irreflectida atitude, fundamentalmente pelas palavras proferidas atentatórias da dignidade do profeta e do lugar.
O Aspirante ficou de tal forma envergonhado que nada dizia, escondendo-se visivelmente consternado.
Nisto, o Anjo Gabriel apareceu a Maomé dizendo-lhe:
- Alá saúda-te e quer que digas a essa gente, que cesse de recriminar o pobre jovem. Verdadeiramente, o palavrão por ele proferido tocou mais o seu coração do que as orações de muitos outros. A impureza não está nas palavras, mas na contaminação do coração, não está nas aparências, mas nas essências.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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