segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
A APOSTA DE NASRUDIN
Nasrudin apostou com um grupo de amigos
Que suportaria uma noite inteira
Na montanha gelada e coberta de neve
Sobranceira à aldeia.
Transportou consigo uma vela e um livro.
Foi acometido por frio terrível.
Ao raiar da aurora,
Lívido e depauperado,
Quis receber o valor da aposta.
Perguntaram-lhe os apostadores:
“Não tiveste nada para te aquecer?”
“Não.”
“Nem uma vela, Mullá?”
“Tinha uma vela.”
“Assim sendo, perdeste a aposta.”
Nasrudin nada argumentou.
Decorrido algum tempo
Convidou-os para uma ceia
A que todos compareceram.
Aguardavam na sala
A comida que nela tardava.
Impacientes, começaram a reclamar.
“Vejamos o que se passa”, disse Nasrudin.
Na cozinha, enorme panela cheia de água
Com uma vela acesa debaixo dela.
A água ainda estava fria.
“Não entendo.
Não está quente.
Está aí desde ontem.”
JOSÉ MARIA ALVES
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