segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
NASRUDIN E A VIRTUDE OBSCURA
Nasrudin estava cansado do seu burro.
Levou-o à feira da vila
Para que o leiloeiro lho vendesse.
Ficou para assistir.
O pregoeiro começou:
“Agora este belo jumento.
Forte, musculoso,
Habituado ao trabalho duro e à tormenta,
De suprema inteligência e esperteza.
Quem oferece cinco moedas
Por tão espantoso animal?”
“Cinco moedas?!”, pensou o Mullá,
“Apenas cinco moedas,
Vou licitar já.”
E Nasrudin licitou.
Entre Nasrudin e um quintaneiro
Fez-se disputa
E a cada lance o leiloeiro
Exacerbava as virtudes do asno,
O que entusiasmava o primeiro.
Afinal desconhecia do que seu era
Tanta qualidade e virtude.
Com o tempo,
Ofereceu quarenta moedas
Arrematando o jumento
Que apenas dez valia.
Pagou a comissão de um terço ao leiloeiro,
Pegou no burrico e dirigiu-se a casa
Dizendo para os seus botões:
“Se coisa há que não perco é um bom negócio.”
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
Etiquetas:
HISTÓRIAS DE NASRUDIN,
HOMEOESP.ORG,
JOSÉ MARIA ALVES
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário