Se não há alma, nem Deus, nem outra vida
depois desta terrena,
- porquê, para quê, quem a este horrível
suplício desta vida nos condena?
Porquê esta aspiração ao infinito
que em mim eu experimento,
não posso dominar, e nela encontro
a par minha esperança e meu tormento?
O pulsar de meu peito fatigado
- é o som do remoinho
ao debaterem-se as asas de um pássaro
que já tenta voar dentro do ninho?
Tradução de José Bento
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