O poeta se dirige ao silêncio.
E o diálogo, sua vida.
- Eu vos amo a todos,
ventos, rios, mares,
eu vos amo, meus irmãos.
Ao redor,
nenhuma voz entrecorta
sua solidão palpitante.
Mas ele crê:
de um pequeno murmúrio,
tece ao menos um eco.
Vida de poeta,
no apelo de um brilho,
no encontro de um reflexo.
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